ADRIANA CHAVES
DA AGÊNCIA FOLHA

FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE

As fortes chuvas de ontem provocaram grandes transtornos em Campo Grande, na região metropolitana de Recife e em parte do agreste pernambucano. A prefeitura da capital sul-mato-grossense decretou estado de emergência, e, em Recife, o fornecimento de energia elétrica foi interrompido por cinco horas.
Em Campo Grande, córregos transbordaram, inundando casas e ruas, além de danificar pontes. As aulas foram suspensas na rede pública de ensino. Cerca de 300 famílias ficaram desalojadas. Ainda não foi feito levantamento oficial dos prejuízos provocados pelo temporal. Choveu durante toda a madrugada de ontem em Campo Grande, mas a intensidade das águas cresceu após as 7h.
De acordo com a Embrapa, o índice pluviométrico chegou a 160mm, volume correspondente a 75% do que era previsto para todo o mês. A chuva cessou durante a tarde, mas havia expectativa de novas precipitações à noite e nesta madrugada. Houve reflexos em municípios vizinhos, e o rio Aquidauana chegou a transbordar.
As 300 famílias foram retiradas de suas casas e levadas para casas de familiares ou para abrigos montados pela administração municipal em creches e em escolas. Lá, receberiam alimentação, remédios e roupas. "Em 13 pontos tivemos prejuízos mais intensos. Com o decreto de estado de emergência, esperamos ajuda federal e resposta imediata aos problemas", disse o prefeito Nelsinho Trad Filho (PMDB).
Não havia informações sobre vítimas. A Secretaria Estadual da Educação suspendeu as aulas das escolas à tarde. Na rede municipal, foram canceladas as aulas dos períodos vespertino e noturno.

Pernambuco
A forte chuva que atingiu a região metropolitana de Recife e parte do agreste pernambucano durante a madrugada e parte da manhã de ontem provocou o deslizamento de sete barreiras, congestionamentos e a suspensão de vôos no aeroporto internacional da capital por cerca de duas horas. Ninguém ficou ferido.
Também houve pane no fornecimento de energia elétrica em parte da cidade por aproximadamente cinco horas. Os semáforos desligados agravaram os congestionamentos. No aeroporto, os geradores foram acionados, mas a falta de visibilidade na pista provocou a suspensão dos vôos.
Até as 10h, quando parou de chover forte, a Defesa Civil havia recebido 37 chamados, a maioria devido aos alagamentos. Ameaças de deslizamento levaram a instituição a cobrir com lonas plásticas 12 encostas.
Em Caruaru (a 130 km de Recife), vários bairros também ficaram alagados. Casas foram parcialmente destruídas pela correnteza. O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), em Recife, prevê a continuidade das chuvas hoje. A Defesa Civil informou que permanecerá em alerta.


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