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Dirigente nega fraude e critica secretário
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente da Associação de Proteção e Assistência
Carcerária, que atuava no
presídio de Sumaré (120 km
de SP), Robson de Freitas
Moreira, disse ontem que todas as acusações feitas pelo
atual secretário da Administração Penitenciária, Antônio Ferreira Pinto, são falsas.
De acordo com Moreira,
desde 12 de setembro, ele e
funcionários da ONG -que
não tem mais contrato com o
governo estadual, mas está
ativa- tentam entrar na unidade para retirar arquivos
com documentos que poderão "desmontar a farsa armada pelo atual secretário".
Anteontem, a ONG protocolou ofício pedindo autorização para recolher os documentos. Até o fechamento
desta edição, não havia tido
resposta de Ferreira Pinto.
Sobre o desconto de 45%
no pecúlio dos presos de Sumaré, Moreira diz que essa
ação foi submetida ao crivo
do ex-secretário Nagashi Furukawa, a quem chama de
"homem honesto e íntegro".
Quanto aos 5% descontados do pecúlio e que seriam
destinados a "entidades filantrópicas para a reparação
social do dano causado pelo
crime", Moreira disse ter recibo de todos os repasses.
Sobre a Parati que Ferreira
Pinto diz estar sendo usada
por ele com fins particulares,
o presidente da Apac de Sumaré afirma que o veículo está parado, sem uso, em uma
oficina da cidade, "esperando a decisão da Justiça" sobre sua destinação.
Para o ex-secretário Nagashi Furukawa, os descontos nos pecúlios dos presos
estão corretos, desde que os
55% restantes representem
pelo menos três quartos do
salário mínimo (R$ 350). "Se
os 55% que o preso recebe
for mais que os três quatros
dos salário mínimo, o desconto pode ser feito e está
previsto na lei", afirmou ele.
Nagashi disse ainda haver
três formas de prestação de
contas feitas pelas ONGs: das
coordenadorias da secretaria, da própria Administração Penitenciária e do Tribunal de Contas do Estado.
"É o tipo de controle que
existe em qualquer serviço
público. Isso sem contar que
todas as contas estão abertas
para o promotor e para o juiz
de onde fica a penitenciária.
Se eles quiserem ver, podem
a qualquer momento."
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