São Paulo, segunda-feira, 07 de dezembro de 2009

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Adventista leva travesseiro para enfrentar 6 h de espera

DA REPORTAGEM LOCAL

Com um cobertor vermelho em uma das mãos, um travesseiro na outra e uma Bíblia na mochila, Larissa Olm, 20, entrou pelos portões da Escola Estadual Rodrigues Alves, na avenida Paulista, onde prestaria o Enem no último sábado.
Era pouco antes das 13h, hora marcada para o início da prova. Mas ela só pôde começar o exame seis horas e 40 minutos depois. Adventista, o sábado, na religião dela, é sagrado. Somente após o pôr do sol a prova poderia ser iniciada.
Religiosos que guardam o sábado, como os adventistas ou judeus ortodoxos, puderam fazer a prova à noite, mas tiveram que chegar no mesmo horário de todos os outros candidatos.
A espera seria até as 19h43, quando o Sol se pôs anteontem. Mas o MEC (Ministério da Educação) decidiu que as provas seriam entregues às 19h. "Tivemos que ficar de braços cruzados, esperando dar o horário. Faltou tempo."
À tarde, porém, o tempo sobrou. Não era permitido material de leitura, a não ser a Bíblia. Celulares ficaram desligados; sair da sala, só para ir ao banheiro.
O jeito foi dormir. Depois da prova, ela deixou a escola às 23h30. "Fui bem, mas não estava cem por cento. A prova deveria ser em dois domingos."


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