São Paulo, terça-feira, 07 de dezembro de 2010

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Goldman minimiza pedágio que é cobrado a mais em rodovias

Governador diz que tarifas só serão revistas em julho de 2011

DE SÃO PAULO

O governador Alberto Goldman (PSDB) minimizou ontem a existência de praças de pedágio em São Paulo que cobram tarifas acima do valor previsto em contrato.
Ele admitiu que isso vem ocorrendo em alguns casos desde julho, data do último reajuste. Mas preferiu exaltar como mais relevante a informação de que as altas não superaram a inflação do ano.
Ele reafirmou que as tarifas só serão revistas em 2011, por Geraldo Alckmin (PSDB).
Conforme revelou a Folha ontem, os motoristas pagam há mais de cinco meses um valor indevido de pedágio, acima do previsto nos contratos, em 24 praças em SP.
A cobrança a mais (de R$ 0,05 a R$ 0,10 para carros) afeta inclusive trechos de rodovias como Bandeirantes, Castello Branco e Imigrantes.
A quantia indevida se deve à mudança na regra contratual de reajuste e arredondamento dos pedágios. O objetivo era atenuar os aumentos -em 72 praças, isso ocorreu. Mas houve um resultado contrário em 24.
"Algumas das praças de pedágio tiveram um valor [de reajuste] um pouco acima daquilo que os contratos estabeleciam. Mas nenhum teve acima do índice de inflação do ano", disse Goldman.
Ele citou a variação do IGP-M para afirmar que as altas se limitaram a 4,4%.
A tarifa na Imigrantes, porém, devia ter subido 3,37% (de R$ 17,80 para R$ 18,40), e não 3,93% (para R$ 18,50). A diferença a mais atinge 18% das praças de pedágio.

ABAIXO DO CONTRATUAL
Goldman alega que, na maioria, os reajustes ficaram abaixo do contratual e que a mudança visou evitar uma alta de até 16% -numa praça de Diadema, onde passaria de R$ 1,20 para R$ 1,40.
"Ninguém compreenderia, ainda que aquilo estivesse estabelecido no contrato."
Para Goldman, "os únicos" que reclamam são as concessionárias. "Vão recuperar depois ou ganharam antes. Mas gostam de reclamar porque acham que o que ganham não é suficiente."
Jorge Miguel dos Santos, do Transfretur (empresas de fretamento), diz que a diferença (que, para ônibus, é multiplicada por eixos) pode significar milhares de reais para uma empresa num ano.


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