São Paulo, terça-feira, 07 de dezembro de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros Neblina pode atrasar a viagem pela água DE SÃO PAULO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA A viagem de barco pela represa de Guarapiranga no caminho da escola não tem engarrafamento, buzina e fumaça preta de veículos, mas não escapa de incidentes que podem atrasar a chegada. Só três vezes houve chuva forte que impediu a travessia -obrigando uma correria para substituir a embarcação descoberta por um carro para levar as crianças ao colégio. Mas a neblina já chegou a triplicar a duração do percurso. "Tem dias em que não se enxerga um metro adiante. Você acha que está no caminho reto, mas está andando em círculo. Por isso, comecei a usar uma bússola", conta Ricardo Munhoz, 44. Ele relata que uma vez um funcionário esqueceu de colocar combustível. "Completei a viagem a remo", conta. O barco inflável pode passar, à primeira vista, uma impressão de fragilidade. Mas, com aval dos pais, Munhoz defende a condição de segurança do transporte -pelos equipamentos disponíveis, por seu trabalho no setor há mais de 20 anos e pela curta distância. Para os alunos, tudo é motivo de graça e diversão. Embora muitos já estejam habituados com a rota diária pela represa, não são raros os dias em que levam amigos da escola para casa -tendo como atrativo a volta de barco. Na última terça, Arthur Mikai, 8, foi levado pelo colega Kauan, 8. A mãe do menino diz que ele "adorou". "Na minha sala, acham engraçado. Perguntam se eu moro no meio do mato, se não é mesmo outra cidade", afirma Christian Kedor, 18. "Tenho alguns amigos que não acreditavam. "Como assim? Você está brincando?" Um dia levei eles até lá para que vissem", diz Jaqueline, 15, usuária do serviço alternativo há seis meses. "É um passeio diário", diz o pai de Kauan. (AI e FD) Texto Anterior: Alunos usam barco para fugir do trânsito Próximo Texto: Mortes Índice | Comunicar Erros

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