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REBOUÇAS
Prefeita diz que construção de túneis vai piorar o trânsito na rua onde mora
Marta diz que obra também a prejudica
DA REPORTAGEM LOCAL
A prefeita de São Paulo, Marta
Suplicy, afirmou ontem que também será temporariamente prejudicada pela construção de dois túneis na região da Faria Lima (zona
oeste). Ela mora na rua Dinamarca, onde o estacionamento será
proibido, próximo à rua Áustria,
que passará de mão dupla a única.
"O trânsito vai aumentar bastante lá. Sei que a gente vai passar
um momento desconfortável.
Mas a gente aguenta uns meses
para depois ter os benefícios",
afirmou, após ser questionada sobre as queixas de moradores.
A obra que afetará a vizinhança
de Marta é a construção de um túnel, a partir do próximo domingo,
no cruzamento da Faria Lima
com a avenida Cidade Jardim. No
domingo passado, as obras começaram no cruzamento da Faria Lima com a Rebouças, que está parcialmente interditada.
Ontem, a CET (Companhia de
Engenharia de Tráfego) registrou
2,5 km de lentidão na Rebouças,
às 19h. Segundo técnicos da companhia, o congestionamento não
está relacionado à obra, e sim a
uma blitz na ponte Eusébio Matoso, que prejudicou o fluxo.
Um dos moradores que já está
incomodado com as obras é o senador Eduardo Suplicy, ex-marido da prefeita. Os dois se encontraram ontem, no Palácio das Indústrias, para receber a visita de
um acadêmico belga.
O senador mora na rua Sampaio Vidal, transformada em desvio para o tráfego que passava pela avenida Rebouças. "Era uma
rua relativamente mais sossegada. Agora, entre as 22h e as 7h, o
barulho é razoável e é até difícil
para dormir", disse. "Mas eu nem
vim reclamar sobre isso com a
prefeita", brincou Suplicy.
Já a designer Heloisa Barros, 50,
não vê motivo para brincadeiras.
Como agora é proibido estacionar
na rua, ela terá que pagar R$ 500
por mês para guardar dois carros
da família em um estacionamento
próximo. Além disso, Barros afirma que não consegue dormir
nem com tampões de ouvido em
razão do barulho durante a noite.
A principal reclamação da designer, porém, é outra: como agora o embarque e desembarque de
carga na rua é proibido das 7h às
22h, ela não tem como levar ao local o material necessário para terminar a casa que estava construindo desde outubro.
"Como essa área é tombada pelo Condephaat, eu passei um ano
e meio tentando aprovar o projeto. Quando consigo, vem a prefeitura e altera tudo", afirma.
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