São Paulo, quinta-feira, 08 de janeiro de 2009

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RS registra 1ª morte por febre amarela depois de 43 anos

Outros dois casos são investigados no Estado; segundo o governo, quase cem municípios estão em zona de risco

Vítima é uma dona-de-casa de 31 anos de Santo Ângelo, que morreu no Natal; governo vai intensificar a vacinação nas áreas de risco

GRACILIANO ROCHA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

O governo do Rio Grande do Sul confirmou ontem a morte de uma pessoa por febre amarela. É o primeiro caso de morte em decorrência da doença desde 1966 no Estado. Outros dois casos são investigados. As autoridades estaduais de saúde elevaram de 87 para 99 (de um total de 496) o número de cidades na zona de risco.
Com população de 1,1 milhão de habitantes, municípios em alerta estão no noroeste e no centro do Rio Grande do Sul.
O governo pretende intensificar a vacinação nesses municípios e estimular pessoas que pretendem visitar as cidades na área de risco a se imunizar antes da viagem.
O alerta para o aumento do risco de contágio da variedade silvestre da febre amarela, propagada pelo mosquito Haemagogus, veio após a descoberta de centenas de macacos mortos nos últimos 90 dias.
A possibilidade de contágio é maior entre pessoas que vivem na zona rural das cidades ou que visitam áreas de mata onde o mosquito vive.
O primeiro caso confirmado da doença é o de uma dona-de-casa de 31 anos, moradora de Santo Ângelo, que não teve o nome divulgado. De acordo com a secretaria, ela apresentou os sintomas da doença em 18 de dezembro e morreu no dia 25, no Natal.
Dias antes de começar a sentir febre, ela visitou uma região de mata no interior do município. A causa da morte foi atestada por exames feitos no Instituto Adolfo Lutz (SP).
Há suspeita de outros dois casos de febre amarela em humanos. São pessoas que estiveram em uma mata no município de Pirapó, no noroeste do Estado, onde macacos foram encontrados mortos.
Um metalúrgico, que vivia na cidade de Nova Santa Rita, morreu anteontem em Porto Alegre com os sintomas da doença. No final de dezembro, o homem acampou em Pirapó.
A causa da morte está sendo investigada e a Secretaria Estadual de Saúde informou que o resultado dos exames deverá ficar pronto dentro de dez dias. A secretaria não informou detalhes sobre o outro caso.
"É uma situação grave, mas tomamos medidas para evitar uma epidemia", disse o secretário Osmar Terra ontem.


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