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RS registra 1ª morte por febre amarela depois de 43 anos
Outros dois casos são investigados no Estado; segundo o governo, quase cem municípios estão em zona de risco
Vítima é uma dona-de-casa de 31 anos de Santo Ângelo, que morreu no Natal; governo vai intensificar a vacinação nas áreas de risco
GRACILIANO ROCHA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
O governo do Rio Grande do
Sul confirmou ontem a morte
de uma pessoa por febre amarela. É o primeiro caso de morte em decorrência da doença
desde 1966 no Estado. Outros
dois casos são investigados. As
autoridades estaduais de saúde
elevaram de 87 para 99 (de um
total de 496) o número de cidades na zona de risco.
Com população de 1,1 milhão
de habitantes, municípios em
alerta estão no noroeste e no
centro do Rio Grande do Sul.
O governo pretende intensificar a vacinação nesses municípios e estimular pessoas que
pretendem visitar as cidades na
área de risco a se imunizar antes da viagem.
O alerta para o aumento do
risco de contágio da variedade
silvestre da febre amarela, propagada pelo mosquito Haemagogus, veio após a descoberta
de centenas de macacos mortos
nos últimos 90 dias.
A possibilidade de contágio é
maior entre pessoas que vivem
na zona rural das cidades ou
que visitam áreas de mata onde
o mosquito vive.
O primeiro caso confirmado
da doença é o de uma dona-de-casa de 31 anos, moradora de
Santo Ângelo, que não teve o
nome divulgado. De acordo
com a secretaria, ela apresentou os sintomas da doença em
18 de dezembro e morreu no
dia 25, no Natal.
Dias antes de começar a sentir febre, ela visitou uma região
de mata no interior do município. A causa da morte foi atestada por exames feitos no Instituto Adolfo Lutz (SP).
Há suspeita de outros dois
casos de febre amarela em humanos. São pessoas que estiveram em uma mata no município de Pirapó, no noroeste do
Estado, onde macacos foram
encontrados mortos.
Um metalúrgico, que vivia na
cidade de Nova Santa Rita,
morreu anteontem em Porto
Alegre com os sintomas da
doença. No final de dezembro,
o homem acampou em Pirapó.
A causa da morte está sendo
investigada e a Secretaria Estadual de Saúde informou que o
resultado dos exames deverá ficar pronto dentro de dez dias. A
secretaria não informou detalhes sobre o outro caso.
"É uma situação grave, mas
tomamos medidas para evitar
uma epidemia", disse o secretário Osmar Terra ontem.
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