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CARNAVAL
Os poucos famosos presentes na cidade, como Danielle Winits e Thiago Lacerda, são assediados pela imprensa e pelo público
Salvador tem escassez de celebridades
FERNANDA MENA
ENVIADA ESPECIAL A SALVADOR
Gisele Bündchen, Björk, Zélia
Gattai, Tom Zé, Raí e Luana Piovani são águas passadas no Carnaval de Salvador. Até presenças
antes garantidas na folia soteropolitana, como Caetano Veloso,
ainda não deram as caras nos camarotes VIPs, que, em 2005, sofre
com a falta de celebridades.
Políticos também eram esperados, por conta do ministro da cultura Gilberto Gil, mas até agora
apenas Luiz Fernando Furlan, do
Desenvolvimento, apareceu nas
duas primeiras noites. Em outros
anos, Antonio Palocci e Humberto Costa haviam prestigiado o
maior Carnaval de rua do mundo.
O que se vê, noite após noite,
são dezenas de repórteres e fotógrafos zanzando por camarotes e
trios atrás de alguma novidade.
Os poucos famosos que circulam
por Salvador, então, sofrem assédio constante.
Personalidades como Danielle
Winits e Thiago Lacerda são clicados à exaustão. E a atriz Deborah
Secco, acompanhada pelo namorado Falcão, se tornou a celebridade mais badalada do Carnaval,
principalmente porque tem protagonizado um jogo de gato e rato
com câmeras e filmadoras que a
perseguem o tempo todo.
A escassez de celebridades coincide com outro fenômeno: a
transformação do Carnaval de
Salvador em um grande negócio,
com a venda de ingressos para camarotes e a invasão de patrocinadores, seus produtos e suas centenas de convidados.
Mesmo camarotes exclusivos
para VIPs, como o Expresso 2222
by Host, de Flora Gil (mulher do
ministro da cultura, Gilberto Gil),
tem kits de ingresso vendidos no
câmbio negro. O camarote atrai, a
cada noite, cerca de 2.000 pessoas.
Cada kit pode custar até R$ 1.000
no mercado paralelo.
Assessores e promoters dizem
que a esperança da retomada do
movimento de celebridades está
na noite de hoje, quando o Carnaval do Rio já terá terminado e alguns famosos poderão voar para
Salvador para os últimos dias de
festa.
Trios nada ortodoxos
Depois de Daniela Mercury ter
levado um pianista erudito para
cima do trio elétrico, a noite de
domingo e a tarde de segunda
também foram marcadas por blocos pouco ortodoxos.
O vocalista da banda O Rappa, o
cantor Falcão, esteve no comando
de um trio elétrico ao lado de B
Negão. O som feito pela dupla
misturava rock e reggae.
Na tarde de segunda, a cantora
Ivete Sangalo, a musa do Carnaval
da Bahia, largou no circuito avenida, no centro da cidade, ovacionada pelos foliões.
Após algumas músicas, chamou
o cantor Junior Lima, 20, irmão
de Sandy, para acompanhá-la. Junior já havia desfilado na escola
X-9, em São Paulo e subiu pela
primeira vez em um trio elétrico
para cantar "Vamos Pular", sucesso da dupla com a irmã.
"Estou achando tudo maravilhoso", afirmou o cantor.
Em seguida, Ivete -que disse
ter sofrido na noite anterior por
conta de um "piriri"- cantou
clássicos da disco music como "I
Will Survive" e canções pop, como "Holliday", de Madonna.
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