São Paulo, terça-feira, 08 de fevereiro de 2005

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CARNAVAL

Os poucos famosos presentes na cidade, como Danielle Winits e Thiago Lacerda, são assediados pela imprensa e pelo público

Salvador tem escassez de celebridades

FERNANDA MENA
ENVIADA ESPECIAL A SALVADOR

Gisele Bündchen, Björk, Zélia Gattai, Tom Zé, Raí e Luana Piovani são águas passadas no Carnaval de Salvador. Até presenças antes garantidas na folia soteropolitana, como Caetano Veloso, ainda não deram as caras nos camarotes VIPs, que, em 2005, sofre com a falta de celebridades.
Políticos também eram esperados, por conta do ministro da cultura Gilberto Gil, mas até agora apenas Luiz Fernando Furlan, do Desenvolvimento, apareceu nas duas primeiras noites. Em outros anos, Antonio Palocci e Humberto Costa haviam prestigiado o maior Carnaval de rua do mundo.
O que se vê, noite após noite, são dezenas de repórteres e fotógrafos zanzando por camarotes e trios atrás de alguma novidade. Os poucos famosos que circulam por Salvador, então, sofrem assédio constante.
Personalidades como Danielle Winits e Thiago Lacerda são clicados à exaustão. E a atriz Deborah Secco, acompanhada pelo namorado Falcão, se tornou a celebridade mais badalada do Carnaval, principalmente porque tem protagonizado um jogo de gato e rato com câmeras e filmadoras que a perseguem o tempo todo.
A escassez de celebridades coincide com outro fenômeno: a transformação do Carnaval de Salvador em um grande negócio, com a venda de ingressos para camarotes e a invasão de patrocinadores, seus produtos e suas centenas de convidados.
Mesmo camarotes exclusivos para VIPs, como o Expresso 2222 by Host, de Flora Gil (mulher do ministro da cultura, Gilberto Gil), tem kits de ingresso vendidos no câmbio negro. O camarote atrai, a cada noite, cerca de 2.000 pessoas. Cada kit pode custar até R$ 1.000 no mercado paralelo.
Assessores e promoters dizem que a esperança da retomada do movimento de celebridades está na noite de hoje, quando o Carnaval do Rio já terá terminado e alguns famosos poderão voar para Salvador para os últimos dias de festa.

Trios nada ortodoxos
Depois de Daniela Mercury ter levado um pianista erudito para cima do trio elétrico, a noite de domingo e a tarde de segunda também foram marcadas por blocos pouco ortodoxos.
O vocalista da banda O Rappa, o cantor Falcão, esteve no comando de um trio elétrico ao lado de B Negão. O som feito pela dupla misturava rock e reggae.
Na tarde de segunda, a cantora Ivete Sangalo, a musa do Carnaval da Bahia, largou no circuito avenida, no centro da cidade, ovacionada pelos foliões.
Após algumas músicas, chamou o cantor Junior Lima, 20, irmão de Sandy, para acompanhá-la. Junior já havia desfilado na escola X-9, em São Paulo e subiu pela primeira vez em um trio elétrico para cantar "Vamos Pular", sucesso da dupla com a irmã.
"Estou achando tudo maravilhoso", afirmou o cantor.
Em seguida, Ivete -que disse ter sofrido na noite anterior por conta de um "piriri"- cantou clássicos da disco music como "I Will Survive" e canções pop, como "Holliday", de Madonna.


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