A polícia do Rio registrou 50 ocorrências envolvendo turistas do domingo de Carnaval até o fim da tarde de ontem. No fim da noite de anteontem, dois assaltantes roubaram um albergue em Botafogo, levando dinheiro, passagens e cartões de crédito de nove turistas.
Os casos mais graves aconteceram no domingo com o italiano Fabio Angelletti, 43, que levou quatro tiros no morro do Mangueira, e com o holandês Richard Gerard, 32, baleado na perna em uma tentativa de assalto no Rio Comprido (zona norte), quando ia para o sambódromo.
Segundo cálculo da Riotur, órgão municipal de turismo, a cidade está recebendo no Carnaval 770 mil turistas, do exterior e de outros Estados.
O assalto ao albergue aconteceu por volta das 23h de domingo, quando a maioria dos hóspedes havia saído. Dois assaltantes armados renderam o recepcionista e o obrigaram a abrir o cofre onde os hóspedes haviam deixado dinheiro e documentos.
Os nove turistas roubados são três noruegueses, dois dinamarqueses, duas equatorianas, um inglês e um australiano. Os ladrões levaram US$ 3.536, R$ 3.440 e 500 dólares australianos, além de máquinas fotográficas, cartões de crédito, travellers cheques no valor de US$ 1.800 e passagens aéreas.
O norueguês Tine Holland Nilsen, 22, disse na Deat (Delegacia de Atendimento ao Turista) que saiu à noite e somente ao voltar ao albergue soube que havia perdido a passagem aérea, cartões de crédito e uma câmera fotográfica, além de R$ 150 e US$ 450 dólares.
Os turistas disseram que iriam pedir ajuda aos consulados para conseguir voltar a seus países.
Outro roubo de domingo ocorreu com o norueguês Björn Myhre, na entrada do sambódromo. "Um assaltante pôs a faca em meu pescço e levou minha máquina fotográfica, além de US$ 1.700", contou. Myhre não desistiu de assistir ao desfile das escolas de samba e somente ontem registrou queixa na Deat. Ele disse que não estava preocupado porque tinha seguro dos valores roubados.
Mas um turista americano que teve a máquina roubada ontem, em Copacabana, por ladrões desarmados, mostrou-se revoltado ao dar queixa na Deat. "Quero voltar amanhã mesmo. Havia centenas de pessoas e ninguém fez nada. Dois policiais que estavam a cem metros viram tudo e não se mexeram", desabafou o turista, que mora em Rochester, Estado de Nova Iorque, mas não quis se identificar.


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