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Consórcio diz seguir plano de qualidade
DA REPORTAGEM LOCAL
O Consórcio Via Amarela
afirmou, por meio de nota,
que considera a existência de
"não-conformidades" o resultado normal de um trabalho de "supervisão e acompanhamento" para busca da
qualidade das obras e que a
maioria dos problemas
apontados já foi resolvida.
"Estão dentro das normas
e do plano de qualidade para
esse tipo de projeto", afirma
trecho da nota.
Ainda segundo a empresa,
em 35 meses de obras, nos 12
km da linha, foram encontradas 295 "não-conformidades", das quais 226 foram resolvidas "de acordo com o
plano de qualidade da obra".
O restante dos casos apontados está "em processo de tratamento e resolução, de
acordo com a sua prioridade". O número de casos informado pelo consórcio é superior ao do Metrô.
O consórcio não comentou, porém, as irregularidades apontadas pelos fiscais
do Metrô. A reportagem enviou ao grupo a lista dos principais relatos no documento
encaminhado à Assembléia e
ao Ministério Público.
A Folha solicitou um responsável pelo consórcio para
comentar os pontos do relatório do Metrô, mas ninguém foi apontado. Não houve explicação oficial para a
negativa ao pedido.
Metrô
O Metrô afirmou que não
considera graves as constatações feitas pelos fiscais porque seriam fatos corriqueiros de uma obra, principalmente naquelas de grande
porte, como a linha 4.
Sobre o material de "qualidade questionável" encontrado em fiscalização, a companhia disse não ver problemas porque são substituídos
após a constatação.
O consórcio, ainda segundo a estatal do governo José
Serra (PSDB), não pode se
negar a solucionar as irregularidades apontadas pelos
fiscais, ao menos que tenha
justificativa fundamentada.
O Metrô cita os 245 casos
já solucionados pelo consórcio como exemplo desse
comportamento dos responsáveis pelo consórcio.
Na visão da estatal, não há
motivos para as empreiteiras
colocarem material de baixa
qualidade, que possa apresentar problemas futuros,
porque duas delas também
integram o consórcio que administrará a linha pela PPP
(Parceria Público-Privada).
A Folha solicitou uma entrevista com o presidente do
Metrô, Luiz Carlos David,
não ele não quis falar com a
reportagem. Segundo sua assessoria, ele suspendeu as
entrevistas até terminar as
investigações feitas pela Assembléia Legislativa.
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