São Paulo, sexta-feira, 08 de fevereiro de 2008

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Governador de MS manda PM atirar em preso rebelado

Irritado com princípio de rebelião em colônia penal, André Puccinelli disse que "tolerância menor do que zero foi dada"

Polêmica surgiu após dois policiais militares serem cercados por detentos na colônia em Campo Grande e terem seu carro incendiado

DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE

Irritado com um princípio de rebelião na Colônia Penal de Campo Grande na última terça, o governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), afirmou que, em caso de novas reações, a polícia "pode disparar".
A declaração foi dada ontem, durante a cerimônia de abertura do ano legislativo no Estado. "Tolerância menor do que zero foi dada", disse Puccinelli. "Se [alguém] fez gesto de reação, é ordem do governador: pode disparar a arma em direção de quem fez gesto de reação."
Na terça, por volta das 23h, dois policiais do serviço reservado da Polícia Militar foram até a colônia para prender um dos internos, suspeito de assaltos. O carro da PM foi cercado pelos presos, e os policiais tiveram de fugir. O carro acabou sendo incendiado.
Indagado sobre as medidas a serem adotadas na unidade prisional, que tem cerca de 700 internos em regime semi-aberto, ele disse que o Estado usará uma política de "tolerância abaixo de zero".
No início de janeiro, uma vistoria feita no local achou garrafas de bebida, drogas e duas garotas de programa em serviço.
Procurada pela Folha, a assessoria do governador disse que as declarações tinham como objetivo "causar impacto" e demonstrar força diante da criminalidade. "De maneira alguma o governador incentivaria ou faria apologia a uma prática criminosa", disse um assessor.


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