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Governador de MS manda PM atirar em preso rebelado
Irritado com princípio de rebelião em colônia penal, André Puccinelli disse que "tolerância menor do que zero foi dada"
Polêmica surgiu após dois policiais militares serem cercados por detentos na colônia em Campo Grande e terem seu carro incendiado
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE
Irritado com um princípio de
rebelião na Colônia Penal de
Campo Grande na última terça,
o governador de Mato Grosso
do Sul, André Puccinelli
(PMDB), afirmou que, em caso
de novas reações, a polícia "pode disparar".
A declaração foi dada ontem,
durante a cerimônia de abertura do ano legislativo no Estado.
"Tolerância menor do que zero
foi dada", disse Puccinelli. "Se
[alguém] fez gesto de reação, é
ordem do governador: pode
disparar a arma em direção de
quem fez gesto de reação."
Na terça, por volta das 23h,
dois policiais do serviço reservado da Polícia Militar foram
até a colônia para prender um
dos internos, suspeito de assaltos. O carro da PM foi cercado
pelos presos, e os policiais tiveram de fugir. O carro acabou
sendo incendiado.
Indagado sobre as medidas a
serem adotadas na unidade prisional, que tem cerca de 700 internos em regime semi-aberto,
ele disse que o Estado usará
uma política de "tolerância
abaixo de zero".
No início de janeiro, uma vistoria feita no local achou garrafas de bebida, drogas e duas garotas de programa em serviço.
Procurada pela Folha, a assessoria do governador disse
que as declarações tinham como objetivo "causar impacto" e
demonstrar força diante da criminalidade. "De maneira alguma o governador incentivaria
ou faria apologia a uma prática
criminosa", disse um assessor.
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