São Paulo, terça-feira, 08 de fevereiro de 2011

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Fogo destrói barracões, e escolas de samba do Rio se unem pelo desfile

Incêndio afetou preparativos da Grande Rio, Portela e União da Ilha; perdas somam R$ 20 mi

Liga articula ajuda das outras agremiações às 3 escolas, que não serão julgadas; não haverá rebaixamento este ano

Rafael Andrade/Folhapress
Fumaça do incêndio que destruiu parte da Cidade do Samba, no centro do Rio

DIANA BRITO
FELIPE CARUSO
DO RIO

A um mês dos desfiles no Sambódromo carioca, um incêndio de grandes proporções atingiu ontem pela manhã a Cidade do Samba, na zona portuária do Rio.
O fogo destruiu os barracões da Grande Rio, Portela e União da Ilha e o da Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba), que organiza os desfiles. Houve corre-corre, muito choro e desespero, mas sem vítimas. As causas ainda são desconhecidas.
Na Cidade do Samba, as 12 escolas do Grupo Especial preparam seus desfiles.
O fogo que acabou ao todo com 7.800 fantasias, nove carros alegóricos e deixou prejuízo total de R$ 20 milhões uniu os presidentes das escolas. À noite, eles decidiram que nenhuma será rebaixada este ano. A vencedora do Grupo de Acesso subirá para o Especial, que em 2012 terá 13 agremiações.
Grande Rio, Portela e União da Ilha não serão julgadas. Como as três desfilariam na segunda de Carnaval, foi feita uma troca: a Portela passou para domingo, e a Mocidade, para segunda.
A escola mais afetada pelo incêndio foi a Grande Rio, com prejuízo de R$ 6 milhões. O barracão desabou parcialmente. A escola perdeu os sete carros alegóricos e 3.200 fantasias.
No caso da Ilha, 2.300 fantasias e uma alegoria foram queimadas, no total de R$ 3,5 milhões. A Portela também perdeu 2.300 fantasias, com prejuízo de R$ 2,5 milhões.
A Liesa estima que vá precisar de R$ 8 milhões para recuperar os barracões. Segundo ela, as outras nove agremiações dividirão funções para ajudar as três afetadas.

O INCÊNDIO
As chamas começaram por volta das 6h30 e foram controladas às 10h, por 120 bombeiros. A fumaça escura cobriu parte do centro do Rio.
Funcionários relataram que os sprinklers (dispositivos que liberam água) não funcionaram. Segundo a Liesa, há mais de 7.000 deles.
A Liga descartou a hipótese de incêndio criminoso, mas a polícia vai investigar.


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