da Reportagem Local

A rede estadual de ensino encerrou no dia 31 de janeiro a segunda edição do programa de recuperação nas férias, que funciona como última chance de aprovação para alunos reprovados no ano letivo.
Cerca de 350 mil alunos foram convocados para a recuperação. A Secretaria da Educação de São Paulo ainda não fechou o balanço sobre frequência dos alunos e índice de aprovação.
Em janeiro de 97, 237 mil alunos reprovados no ano letivo de 96 se inscreveram para a recuperação e 120 mil obtiveram a aprovação.
Na primeira edição, o programa só valia para alunos do ensino fundamental e não incluía estudantes com mais de 25% de faltas. Neste ano, o programa passou a incluir os alunos do ensino médio e os com qualquer frequência.
Para a secretária de Educação, Rose Neubauer, a reprovação afeta a auto-estima do aluno e desorganiza sua vida escolar. "A escola precisa potencializar todas as chances de o aluno se promover."
Segundo Neubaeur, com a introdução do sistema de ciclos, a recuperação de férias passará a ser feita somente para 4ª e 8ª séries, além do 2º grau. "Com a intensificação da recuperação paralela, que ocorre durante o ano letivo, a tendência é que a recuperação de férias desapareça", diz Neubauer.
Os representantes do magistério paulista, porém, são contra o programa. "Somos favoráveis à recuperação ao longo do ano. O aluno não pode aprender em três semanas tudo o que não aprendeu durante o ano", diz Roberto Felício, presidente da Apeoesp (Associação dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo).
Outro problema, na opinião do sindicato de diretores, a Udemo, é que o programa não estipula um limite de disciplinas para cada aluno. Ou seja, mesmo quem foi reprovado em sete matérias pode participar. (RENATO KRAUSZ)


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