São Paulo, quarta-feira, 08 de março de 2000


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AUSÊNCIA
Vagas de destaque ficaram disponíveis pouco antes do início da apresentação
Personalidades "dão o bolo" nas escolas e faltam a desfile no Rio

ISABEL CLEMENTE
da Sucursal do Rio

Concorridas vagas de destaque de várias escolas do Grupo Especial do Rio ficaram disponíveis subitamente pouco antes do início do desfile. Personalidades anunciadas como presenças garantidas deram o bolo nas agremiações.
Da categoria musas do Carnaval, não deu o ar da graça a bailarina Sheila Carvalho, do É o Tchan!, que desfilaria pela Mocidade Independente de Padre Miguel, no primeiro dia.
Também não compareceram ao desfile as cantoras Fafá de Belém e Marisa Monte, esta convidada especialmente para integrar a ala da velha guarda da Portela, que encerrou o desfile de domingo.
Marisa produziu e gravou recentemente um CD com a velha guarda da escola de samba, cujo show de divulgação foi considerado um dos melhores do início deste ano pela crítica.
O cantor Toni Garrido, que representaria o príncipe da beleza negra do enredo da Viradouro, teve de ser substituído no último minuto, porque deu o bolo.
Há dois anos, o cantor foi a grande atração da Viradouro, quando protagonizou o filme "Orfeu", de Cacá Diegues, gravado durante o desfile.
Mesmo tendo emprestado o título de sua música mais famosa - "Pra Não Dizer que Não Falei de Flores"- ao enredo da União da Ilha, o compositor Geraldo Vandré não apareceu. Ele sairia no último carro alegórico da escola, que esperou até o último minuto para ver se Vandré chegaria.
Em compensação, houve várias estréias na avenida este ano. A modelo Shirley Cristina Rocha -que ficou famosa ao "encarnar" a índia Aigo do programa H, da Band, no rastro de lançamentos como Tiazinha e Feiticeira- saiu, pela primeira vez, numa escola carioca, a Viradouro.
Também pela primeira vez em evidência na Sapucaí estava a apresentadora Suzana Werner, ex de Ronaldinho, que foi madrinha da bateria da Grande Rio.
A atriz Cláudia Raia comemorava seu retorno ao Sambódromo, depois de um jejum de nove anos. Ela foi destaque da Beija-Flor.
Na mesma escola, mas longe dos holofotes e camuflado entre as centenas de ritmistas, estava seu marido, o ator Edson Celulari.
"É uma grande responsabilidade", disse Celulari, pouco antes de entrar na avenida na madrugada de terça com um repique. "Fui aos ensaios e descobri que não sou tão branco assim", brincou o ator, sobre sua inesperada familiaridade com a percussão.


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