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AUSÊNCIA
Vagas de destaque ficaram disponíveis pouco antes do início da apresentação
Personalidades "dão o bolo" nas escolas e faltam a desfile no Rio
ISABEL CLEMENTE
da Sucursal do Rio
Concorridas vagas de destaque
de várias escolas do Grupo Especial do Rio ficaram disponíveis
subitamente pouco antes do início do desfile. Personalidades
anunciadas como presenças garantidas deram o bolo nas agremiações.
Da categoria musas do Carnaval, não deu o ar da graça a bailarina Sheila Carvalho, do É o Tchan!,
que desfilaria pela Mocidade Independente de Padre Miguel, no
primeiro dia.
Também não compareceram ao
desfile as cantoras Fafá de Belém e
Marisa Monte, esta convidada especialmente para integrar a ala da
velha guarda da Portela, que encerrou o desfile de domingo.
Marisa produziu e gravou recentemente um CD com a velha
guarda da escola de samba, cujo
show de divulgação foi considerado um dos melhores do início
deste ano pela crítica.
O cantor Toni Garrido, que representaria o príncipe da beleza
negra do enredo da Viradouro, teve de ser substituído no último
minuto, porque deu o bolo.
Há dois anos, o cantor foi a
grande atração da Viradouro,
quando protagonizou o filme
"Orfeu", de Cacá Diegues, gravado durante o desfile.
Mesmo tendo emprestado o título de sua música mais famosa
- "Pra Não Dizer que Não Falei
de Flores"- ao enredo da União
da Ilha, o compositor Geraldo
Vandré não apareceu. Ele sairia
no último carro alegórico da escola, que esperou até o último minuto para ver se Vandré chegaria.
Em compensação, houve várias
estréias na avenida este ano. A
modelo Shirley Cristina Rocha
-que ficou famosa ao "encarnar" a índia Aigo do programa H,
da Band, no rastro de lançamentos como Tiazinha e Feiticeira-
saiu, pela primeira vez, numa escola carioca, a Viradouro.
Também pela primeira vez em
evidência na Sapucaí estava a
apresentadora Suzana Werner, ex
de Ronaldinho, que foi madrinha
da bateria da Grande Rio.
A atriz Cláudia Raia comemorava seu retorno ao Sambódromo,
depois de um jejum de nove anos.
Ela foi destaque da Beija-Flor.
Na mesma escola, mas longe
dos holofotes e camuflado entre
as centenas de ritmistas, estava
seu marido, o ator Edson Celulari.
"É uma grande responsabilidade", disse Celulari, pouco antes de
entrar na avenida na madrugada
de terça com um repique. "Fui aos
ensaios e descobri que não sou tão
branco assim", brincou o ator, sobre sua inesperada familiaridade
com a percussão.
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