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VIOLÊNCIA
Ministros vão propor criação de comando integrado por Exército, PF, Polícia Rodoviária e Ministério Público
Lula quer federalizar segurança no Rio
IURI DANTAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo federal vai propor
hoje à governadora do Rio, Rosinha Matheus (PSB), uma espécie
de "intervenção branca" na segurança pública do Estado. Um comando formado por Exército, Polícia Federal, Polícia Rodoviária
Federal e Ministério Público Federal seria responsável pela área.
As polícias Civil e Militar ficariam
subordinadas ao grupo.
O plano do governo também
prevê a federalização do presídio
de Bangu 1 em etapas, segundo
apurou a Folha. A medida é considerada uma intervenção branca
porque cabe aos Estados, constitucionalmente, cuidar da segurança pública.
De início, agentes federais cuidariam apenas da área de segurança máxima. Em junho, todo o
complexo estaria subordinado ao
governo federal.
O Exército permaneceria nas
ruas, mas sua atuação e a eventual
continuidade do patrulhamento
pelas tropas seriam decididos pelo comando que o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva quer implantar no Estado.
O formato da intervenção foi fechado ontem em reunião de Lula
com os ministros José Viegas (Defesa), Márcio Thomaz Bastos
(Justiça) e José Dirceu (Casa Civil). Coube a Lula a palavra final
sobre o assunto.
Bastos e Viegas devem encontrar-se hoje com Rosinha para informá-la da idéia antes da divulgação oficial. A reunião foi a terceira em três dias para tentar responder ao pedido da governadora
de prorrogação da presença das
tropas federais no Rio.
A Defesa e a Justiça eram contra
a manutenção das tropas, até porque o Exército não quer assumir
função policial. Já o comando político do governo defendia a permanência dos militares.
Questionado, ao sair da reunião
com o presidente, se a ação do governo federal no Rio seria semelhante à missão especial de combate ao crime no Espírito Santo, o
ministro da Justiça afirmou que
seria mais "criativa e enérgica".
A idéia do PT, segundo apurou
a Folha, é reforçar a Corregedoria
das polícias e a área de inteligência e promover uma "limpeza"
nas polícias Civil e Militar, vistas
como contaminadas por ligações
com o narcotráfico.
Prisão
O secretário de Segurança Pública do Rio, Josias Quintal, poderá ter a prisão decretada na próxima segunda-feira. A juíza da 5ª
Vara da Fazenda, Márcia Capanema, pediu ontem à noite ao presidente do TJ (Tribunal de Justiça),
Miguel Pachá, a prisão do secretário por ele ter desobedecido a
uma decisão sua.
Na semana passada, a juíza determinou que Quintal empossasse 1.115 policiais civis aprovados
em concurso realizado em 2001 e
nomeados no último dia da gestão da governadora Benedita da
Silva (PT). Além de não ter cumprido a decisão, o Estado não recorreu. Procurado pela Folha,
Quintal disse que só se pronunciaria após a decisão de Pachá.
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