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Vizinhos do hotel reclamam de falta de informação
DA REPORTAGEM LOCAL
Sem saber que ruas e avenidas serão interditadas por causa da visita do presidente George W. Bush à cidade, comerciantes, moradores e pessoas
que trabalham na avenida Luís
Carlos Berrini (zona sul) e imediações não sabem sequer se
conseguirão chegar ao trabalho
e às suas casas hoje e amanhã.
O Comando Militar do Sudeste não dá detalhes do que
deve ocorrer, mas informou
que até mesmo shoppings próximos ao hotel Hilton Morumbi, no Brooklin Novo, podem
ser parcialmente fechados.
A maioria reclama da falta de
informação ou de qualquer
orientação da prefeitura. Lourenço Lee, dono do restaurante
Moshi Moshi, afirmou não saber se poderá funcionar hoje.
"Não recebemos nenhuma comunicação oficial. Mas ouvimos que vão fechar a avenida
[Berrini]. Se realmente a interditarem, vai atrapalhar muito o
comércio", disse.
Cerca de 50 taxistas que ficam num ponto da rua Arizona
temem que a rua seja interditada durante os dois dias e que
talvez precisem deixar o local.
Mas ontem, até as 16h30, eles
ainda não haviam recebido informação oficial alguma.
"Temos de ter paciência. O
jeito é encontrar outro ponto",
lamentou o taxista Jorge Henrique Lazarim. "Acho que vou
aproveitar para ir à praia", diz.
O agente comercial Rodrigo
Ferreira da Silva, que trabalha
na Finasa, teme ter dificuldades para ir embora do trabalho
hoje, já que a previsão é que
Bush chegue à cidade no final
da tarde. "Acho isso ridículo.
Vão prejudicar as pessoas da
região por um motivo fútil.
Aposto que pelo presidente Lula eles não fazem o mesmo."
Vizinhos do hotel Hilton Morumbi, o World Trade Center e
o shopping D&D acreditam que
poderão funcionar normalmente hoje. O shopping Morumbi diz que não foi informado de interdições em suas vias
de acesso.
Favela
Na favela da avenida jornalista Roberto Marinho, vizinha do
hotel Hilton, os moradores
mostraram indignação. "As
pessoas aqui estão sem emprego e eles ficam gastando com o
Bush. Vai ter tanto policial com
ele que a cidade ficará abandonada", diz Maria da Conceição
Afonso, 44, que trabalha num
mercado da favela. Seu marido
está desempregado.
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