São Paulo, quinta-feira, 08 de março de 2007

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Comerciante é atingida por bala perdida em Moema

Mulher levou tiro no ombro esquerdo por engano, mas passa bem; disparo acertaria advogado, vítima de assalto

Crime aconteceu a dois quarteirões do local onde, na semana passada, quatro ficaram feridos durante tiroteio após assalto ao Itaú

FABIANO NUNES
DO "AGORA"

A comerciante Maria Nilza da Silva, 54, foi atingida por uma bala perdida durante uma tentativa de assalto a um cliente de sua lanchonete, ontem à tarde, na praça Nossa Senhora Aparecida, em Moema (zona sul de São Paulo). Duas pessoas foram presas.
O caso ocorreu a dois quarteirões do local onde, na semana passada, quatro pessoas ficaram feridas durante um tiroteio após um assalto a uma agência do banco Itaú.
A vítima do assalto foi o advogado José Francisco de Avellar Neto, 64, que acabara de sacar dinheiro numa agência do Bradesco da avenida Ibirapuera. Ele tomava um suco na lanchonete de Maria Nilza quando foi alvo de dois criminosos.
A ação começou quando um deles colocou a mão no bolso de Avellar Neto, que notou a tentativa de roubo e segurou a mão do ladrão. O outro criminoso, armado, engatilhou o revólver e mirou em direção ao advogado.
Ao perceber que Avellar Neto seria atingido, outro cliente, Anthony Abudi, 52, intercedeu. "Eu percebi que ele ia atirar no peito do advogado. Foi o tempo de puxá-lo pra dentro do balcão e desviá-lo do tiro", afirmou.
O disparo, então, atingiu o ombro esquerdo de Maria Nilza. "Maria começou a gritar: "estou baleada'", contou Abudi. Levada para o hospital Alvorada, a comerciante foi medicada e liberada em seguida.
O comerciante que salvou o advogado do tiro disse que agiu instintivamente. "Deus me colocou ali naquele momento. É uma alegria muito grande ter ajudado a salvar uma vida."
Os criminosos ainda tentaram fugir a pé com os R$ 2.320 do advogado. Vistos por dois policiais da Rocam (Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicleta) da Polícia Militar, Ruben da Silva, 23, e Michel Denílson da Silva, 18, foram presos. Os dois não resistiram à prisão. Eles não foram autorizados a falar com a reportagem nem tinham advogado ontem.

Novos assaltos
Segundo a polícia, Ruben já tinha passagem por roubo e havia sido condenado a cinco anos e quatro meses de prisão. Ele cumpria pena no presídio de Bauru (a 343 km de São Paulo), quando foi beneficiado pela liberdade condicional.
Na manhã de ontem houve mais dois casos de assalto a banco. No primeiro, três pessoas roubaram um caixa eletrônico do banco Real na Vila Clementino (zona sul de São Paulo). Eles fugiram a pé.
No Banco do Brasil da avenida Jabaquara (zona sul), os assaltantes fugiram ao notar que a polícia fora chamada. Eles levaram celulares, coletes e dois revólveres. Ninguém foi preso. Os assaltos a banco aumentaram 82% entre 2005 e 2006.


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