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Comerciante é atingida por bala perdida em Moema
Mulher levou tiro no ombro esquerdo por engano, mas
passa bem; disparo acertaria advogado, vítima de assalto
Crime aconteceu a dois
quarteirões do local onde,
na semana passada, quatro
ficaram feridos durante
tiroteio após assalto ao Itaú
FABIANO NUNES
DO "AGORA"
A comerciante Maria Nilza
da Silva, 54, foi atingida por
uma bala perdida durante uma
tentativa de assalto a um cliente de sua lanchonete, ontem à
tarde, na praça Nossa Senhora
Aparecida, em Moema (zona
sul de São Paulo). Duas pessoas
foram presas.
O caso ocorreu a dois quarteirões do local onde, na semana passada, quatro pessoas ficaram feridas durante um tiroteio após um assalto a uma
agência do banco Itaú.
A vítima do assalto foi o advogado José Francisco de Avellar Neto, 64, que acabara de sacar dinheiro numa agência do
Bradesco da avenida Ibirapuera. Ele tomava um suco na lanchonete de Maria Nilza quando
foi alvo de dois criminosos.
A ação começou quando um
deles colocou a mão no bolso de
Avellar Neto, que notou a tentativa de roubo e segurou a mão
do ladrão. O outro criminoso,
armado, engatilhou o revólver e
mirou em direção ao advogado.
Ao perceber que Avellar Neto
seria atingido, outro cliente,
Anthony Abudi, 52, intercedeu.
"Eu percebi que ele ia atirar no
peito do advogado. Foi o tempo
de puxá-lo pra dentro do balcão
e desviá-lo do tiro", afirmou.
O disparo, então, atingiu o
ombro esquerdo de Maria Nilza. "Maria começou a gritar:
"estou baleada'", contou Abudi.
Levada para o hospital Alvorada, a comerciante foi medicada
e liberada em seguida.
O comerciante que salvou o
advogado do tiro disse que agiu
instintivamente. "Deus me colocou ali naquele momento. É
uma alegria muito grande ter
ajudado a salvar uma vida."
Os criminosos ainda tentaram fugir a pé com os R$ 2.320
do advogado. Vistos por dois
policiais da Rocam (Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicleta) da Polícia Militar, Ruben
da Silva, 23, e Michel Denílson
da Silva, 18, foram presos. Os
dois não resistiram à prisão.
Eles não foram autorizados a
falar com a reportagem nem tinham advogado ontem.
Novos assaltos
Segundo a polícia, Ruben já
tinha passagem por roubo e havia sido condenado a cinco anos
e quatro meses de prisão. Ele
cumpria pena no presídio de
Bauru (a 343 km de São Paulo),
quando foi beneficiado pela liberdade condicional.
Na manhã de ontem houve
mais dois casos de assalto a
banco. No primeiro, três pessoas roubaram um caixa eletrônico do banco Real na Vila Clementino (zona sul de São Paulo). Eles fugiram a pé.
No Banco do Brasil da avenida Jabaquara (zona sul), os assaltantes fugiram ao notar que
a polícia fora chamada. Eles levaram celulares, coletes e dois
revólveres. Ninguém foi preso.
Os assaltos a banco aumentaram 82% entre 2005 e 2006.
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