São Paulo, domingo, 08 de março de 2009

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Consórcio vai à Justiça para subir valor de contrato

DA REPORTAGEM LOCAL
REPÓRTER-FOTOGRÁFICO

A obra contratada pela Sabesp para a construção do coletor de esgotos de municípios do ABC paulista e da Solvay já foi motivo de outras contestações ambientais e também é motivo até hoje de disputa na Justiça.
Em 2005, a construção do consórcio OAS/Saenge foi embargada pela Prefeitura de Ribeirão Pires sob diversas acusações. Entre elas: falta de licença municipal, rachaduras provocadas em vias públicas e depósito clandestino usado para armazenar os resíduos sólidos da obra numa área de manancial.
A denúncia resultou na assinatura de um termo de ajustamento de conduta pelo qual as construtoras se comprometeram com novas exigências.
No ano passado, uma nova disputa envolveu a obra. Desta vez, por iniciativa do consórcio OAS/ Saenge, que cobra na Justiça um reequilíbrio do contrato devido aos sucessivos adiamentos da construção, que deveria ter acabado em 2005.
O consórcio diz que a prorrogação dos prazos foi decisão da Sabesp. Mas, na ação, a estatal diz que houve pedidos do consórcio para adiamentos e que ele foi culpado pelo embargo da obra -uma das razões para atrasá-la.
O contrato firmado em 2002 por R$ 27,48 milhões já foi elevado para R$ 33,54 milhões pela Sabesp. Em 2008, as construtoras reivindicavam um aumento de R$ 4,3 milhões.

Billings
Estudo de técnicos da USP já chegou a detectar em 2007 e 2008 que a Billings tem poluentes -incluindo alguns potencialmente tóxicos- acima do permitido pela legislação.
A água da represa também é utilizada em atividades de lazer. Na última sexta, a Folha esteve em Ribeirão Pires, onde houve problema na obra da Sabesp, e verificou que jovens nadam num de seus afluentes.
Questionado se vira sinal de esgoto químico na região, um dos rapazes não soube responder. Mas, intrigado, perguntou: "Será que vamos virar mutantes?" (ALENCAR IZIDORO E MOACYR LOPES JÚNIOR)


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