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Consórcio vai à Justiça para subir valor de contrato
DA REPORTAGEM LOCAL
REPÓRTER-FOTOGRÁFICO
A obra contratada pela Sabesp para a construção do coletor de esgotos de municípios do
ABC paulista e da Solvay já foi
motivo de outras contestações
ambientais e também é motivo
até hoje de disputa na Justiça.
Em 2005, a construção do
consórcio OAS/Saenge foi embargada pela Prefeitura de Ribeirão Pires sob diversas acusações. Entre elas: falta de licença
municipal, rachaduras provocadas em vias públicas e depósito clandestino usado para armazenar os resíduos sólidos da
obra numa área de manancial.
A denúncia resultou na assinatura de um termo de ajustamento de conduta pelo qual as
construtoras se comprometeram com novas exigências.
No ano passado, uma nova
disputa envolveu a obra. Desta
vez, por iniciativa do consórcio
OAS/ Saenge, que cobra na Justiça um reequilíbrio do contrato devido aos sucessivos adiamentos da construção, que deveria ter acabado em 2005.
O consórcio diz que a prorrogação dos prazos foi decisão da
Sabesp. Mas, na ação, a estatal
diz que houve pedidos do consórcio para adiamentos e que
ele foi culpado pelo embargo da
obra -uma das razões para
atrasá-la.
O contrato firmado em 2002
por R$ 27,48 milhões já foi elevado para R$ 33,54 milhões pela Sabesp. Em 2008, as construtoras reivindicavam um aumento de R$ 4,3 milhões.
Billings
Estudo de técnicos da USP já
chegou a detectar em 2007 e
2008 que a Billings tem poluentes -incluindo alguns potencialmente tóxicos- acima
do permitido pela legislação.
A água da represa também é
utilizada em atividades de lazer. Na última sexta, a Folha
esteve em Ribeirão Pires, onde
houve problema na obra da Sabesp, e verificou que jovens nadam num de seus afluentes.
Questionado se vira sinal de
esgoto químico na região, um
dos rapazes não soube responder. Mas, intrigado, perguntou:
"Será que vamos virar mutantes?"
(ALENCAR IZIDORO E MOACYR LOPES JÚNIOR)
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