São Paulo, segunda-feira, 08 de março de 2010

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Com 6 mortos, Rio tem chuva prevista para março inteiro

2 crianças estão entre as vítimas de desabamentos no subúrbio; maré alta dificulta drenagem da água

LIANA LEITE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, NO RIO

O temporal que atingiu o Rio de Janeiro na noite de sábado deixou seis mortos na região metropolitana, entre eles duas crianças. Desde o dia 31 de dezembro, as chuvas de verão já fizeram 82 vítimas no Estado.
Segundo a Defesa Civil Municipal, em cinco horas choveu na cidade, em média, cem milímetros, mais do que em todo o mês de março do ano passado.
O índice elevado coincidiu com a alta da maré, o que dificultou ainda mais a drenagem da água, segundo o secretário municipal de Conservação, Carlos Roberto Osório.
Em Anchieta (zona norte), uma casa desabou, matando Rosângela Luiz da Silva Souza, 41, e sua neta Gabrielle de Souza Freitas, 3. No Rio Comprido (zona norte), o deslizamento atingiu duas casas. Morreram Roseane Coelho Monteiro, 33, e Waldete Santos da Silva, 27.
No bairro Cubango, em Niterói (região metropolitana), o desabamento de uma casa matou uma mulher de 47 anos e uma criança, de dez. Elas não tinham sido identificadas até a conclusão desta edição.
Na capital, cinco famílias ficaram desabrigadas e 35 desalojadas. Os desabrigados, que tiveram suas casas soterradas, foram levados para abrigos da Prefeitura do Rio. Já os desalojados, cujas casas foram interditadas pela Defesa Civil do Estado, estão com parentes ou em abrigos provisórios.
O subsecretário de Defesa Civil, coronel Sérgio Simões, afirmou que as áreas mais afetadas pela chuva de sábado não estavam mapeadas entre os principais pontos críticos. "É difícil apontar onde será o próximo acidente. Todas as encostas são vulneráveis, principalmente as ocupadas de forma irregular", afirmou ele.

Bueiros
Na semana passada, a Prefeitura do Rio começou uma operação de limpeza de 1.400 bueiros. Mas o secretário de Conservação disse que é necessário o apoio da população.
"A prefeitura está desentupindo os bueiros, mas precisamos que os moradores colaborem não jogando lixo", pediu. O prefeito Eduardo Paes já chamou os cariocas de porcos por jogarem muito lixo nas ruas.
Durante o temporal, o aeroporto Santos Dumont fechou para pousos e decolagens; o tráfego na linha 2 do metrô foi interrompido em duas estações; trechos de alguns bairros, como o Leblon (zona sul), ficaram sem luz; e o trânsito ficou caótico em toda a cidade.


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