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Com 6 mortos, Rio tem chuva prevista para março inteiro
2 crianças estão entre as vítimas de desabamentos
no subúrbio; maré alta dificulta drenagem da água
LIANA LEITE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, NO RIO
O temporal que atingiu o Rio
de Janeiro na noite de sábado
deixou seis mortos na região
metropolitana, entre eles duas
crianças. Desde o dia 31 de dezembro, as chuvas de verão já
fizeram 82 vítimas no Estado.
Segundo a Defesa Civil Municipal, em cinco horas choveu
na cidade, em média, cem milímetros, mais do que em todo o
mês de março do ano passado.
O índice elevado coincidiu
com a alta da maré, o que dificultou ainda mais a drenagem
da água, segundo o secretário
municipal de Conservação,
Carlos Roberto Osório.
Em Anchieta (zona norte),
uma casa desabou, matando
Rosângela Luiz da Silva Souza,
41, e sua neta Gabrielle de Souza Freitas, 3. No Rio Comprido
(zona norte), o deslizamento
atingiu duas casas. Morreram
Roseane Coelho Monteiro, 33,
e Waldete Santos da Silva, 27.
No bairro Cubango, em Niterói (região metropolitana), o
desabamento de uma casa matou uma mulher de 47 anos e
uma criança, de dez. Elas não
tinham sido identificadas até a
conclusão desta edição.
Na capital, cinco famílias ficaram desabrigadas e 35 desalojadas. Os desabrigados, que
tiveram suas casas soterradas,
foram levados para abrigos da
Prefeitura do Rio. Já os desalojados, cujas casas foram interditadas pela Defesa Civil do Estado, estão com parentes ou em
abrigos provisórios.
O subsecretário de Defesa
Civil, coronel Sérgio Simões,
afirmou que as áreas mais afetadas pela chuva de sábado não
estavam mapeadas entre os
principais pontos críticos. "É
difícil apontar onde será o próximo acidente. Todas as encostas são vulneráveis, principalmente as ocupadas de forma irregular", afirmou ele.
Bueiros
Na semana passada, a Prefeitura do Rio começou uma operação de limpeza de 1.400 bueiros. Mas o secretário de Conservação disse que é necessário
o apoio da população.
"A prefeitura está desentupindo os bueiros, mas precisamos que os moradores colaborem não jogando lixo", pediu. O
prefeito Eduardo Paes já chamou os cariocas de porcos por
jogarem muito lixo nas ruas.
Durante o temporal, o aeroporto Santos Dumont fechou
para pousos e decolagens; o tráfego na linha 2 do metrô foi interrompido em duas estações;
trechos de alguns bairros, como
o Leblon (zona sul), ficaram
sem luz; e o trânsito ficou caótico em toda a cidade.
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