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THEÓPHILO GUERREIRO FALCÃO
(1926-2010)
Um sabe-tudo santista e os torneios de tênis
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
Enciclopédia ambulante do
Santos Futebol Clube, Theóphilo Guerreiro Falcão ganhou três edições do programa de perguntas e respostas
"O Céu É o Limite", exibido
pela TV Tupi, nos anos 50.
Antes que vencesse a quarta, o santista de nascença foi
convidado a se retirar do
"quiz". Assim não tinha graça.
Ele sabia tudo sobre o time.
Filho de um médico, Théo
formou-se pela Escola Paulista de Medicina nos anos 40.
Por cinco anos, trabalhou como otorrinolaringologista no
consultório do pai, em Santos.
Até se casar com uma moça
de SP, Maria Lúcia Matarazzo. O sogro, então, ofereceu-lhe um cargo na empresa de
comércio de ferro e aço da família, na capital, e ele topou.
Depois, trabalhou com comércio de papel e, por influência do amigo Juliano Tavares, foi se dedicar ao tênis,
uma de suas paixões -como
jogador, havia ganhado campeonatos universitários.
Era diretor na promotora
de eventos Maricic. Fez torneios em Itaparica (BA), Guarujá, Brasília e, por dez anos,
realizou o Aberto de SP.
Sócio do Sociedade Harmonia de Tênis, era também diretor financeiro do projeto
socioeducativo Bola Dentro,
que atende 128 crianças. Jogou tênis até os 70 anos.
Bem-humorado, quando o
chamavam de Theozinho,
respondia: "Theozinho não,
Hotel de Primeira Categoria!"
Anteontem, foi acertado
por um ônibus e morreu no
hospital, aos 83 anos, deixando três filhos e cinco netos.
Foi enterrado ontem, em SP,
sob a bandeira do Santos.
coluna.obituario@uol.com.br
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