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Falsa locadora consegue escapar da restrição
Prática é uma "praga", diz representante do setor
DE SÃO PAULO
A ação de empresas que fazem transporte clandestino
de passageiros por fretamento ganhou um novo expediente para burlar a fiscalização: as falsas locadoras.
Enquanto as empresas de
fretamento têm de usar placas vermelhas e respeitar a
zona de restrição, as de locação de veículos podem usar
placas cinzas (comuns) e circular em qualquer área -só
precisam respeitar o rodízio.
No site da Secretaria dos
Transportes, das 972 empresas cadastradas para fretamento, 189 aparecem como
"transportadora e locadora".
"Isso é uma praga, tem até
locadora de ônibus, o que é
uma excrescência", diz Jorge
Miguel dos Santos, diretor-executivo do Transfretur.
Segundo ele, essas empresas fazem um cálculo simples ao trocar a placa vermelha pela cinza. "É muito mais
vantajoso perder um dia por
causa do rodízio do que ter
de se submeter à zona máxima de restrição", afirma.
Esses veículos não são autuados pelos LAPs, equipamentos que fazem leitura automática de placas e flagram
quem circula com placa vermelha na zona de restrição.
TRANSPORTE ILEGAL
O problema preocupa também a Abla (Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis), que, segundo
Paulo Gaba, presidente do
conselho nacional da entidade, tem "como uma de suas
principais bandeiras exatamente a luta contra o transporte ilegal de passageiros".
"Quando vejo uma minivan ou um micro-ônibus com
a inscrição "locadora", logo
penso: "O que será que ele
aluga?" Trata-se de um transportador, não aluga nada."
Segundo ele, o setor é vítima da atuação dessas falsas
locadoras. "Tais empresas
trazem prejuízos à credibilidade e à seriedade que as verdadeiras locadoras trabalharam muito para construir ao
longo do tempo", disse.
A Folha questionou a secretaria sobre o que está sendo feito para combater essas
"falsas locadoras", mas a
pasta não respondeu.
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