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CRIME
Negociação com detento, liberado para o Dia das Mães, incluiu transferência
Preso faz refém após assaltar banco
DA REPORTAGEM LOCAL
Quatro homens disfarçados de
policiais militares e enfermeiros
assaltaram por volta das 10h de
ontem a agência do banco Nossa
Caixa, localizada dentro do Hospital Santa Marcelina, em Itaquaquecetuba (na Grande São Paulo).
Na fuga, houve troca de tiros
com a polícia e perseguição sobre
os muros, quintais e telhados da
vizinhança. Um assaltante foi baleado e morreu. Dois escaparam.
O quarto membro do grupo,
Tony Wellington Figueiredo, 28,
invadiu uma casa e manteve Antonia Weides Teixeira, 52, refém
por cerca de quatro horas.
Segundo o capitão Eizo Tsuyama, do 35º Batalhão da Polícia
Militar, Figueiredo segurava uma
pistola de calibre 9 mm, de uso exclusivo das Forças Armadas.
Porém, o assaltante passou a
maior parte do tempo com a arma
apontada para a própria cabeça,
segundo o capitão Diógenes Lucca, do GATE (Grupo de Ações Táticas Especiais), que coordenou as
negociações. "Ele não fez uma
ameaça direta à refém", afirmou.
Teixeira não quis dar entrevista.
Durante as negociações, Figueiredo exigiu a presença da esposa,
do irmão e da cunhada, que chegaram por volta do meio-dia.
O assaltante se entregou após a
promessa de que seria transferido
da penitenciária de Mirandópolis,
onde cumpre pena de 16 anos por
assalto, para a de Franco da Rocha. De acordo com seu advogado, Rogério Pedroso de Pádua, ele
já cumpriu nove anos de prisão.
Figueiredo havia saído da cadeia na última segunda-feira,
após receber autorização para
passar o Dia das Mães em casa.
A PM recuperou o malote levado do banco, que continha cerca
de R$ 45 mil.
(AMARÍLIS LAGE)
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