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Antes de Justiça decidir pela prisão, defesa já admitia pedir habeas corpus
DA REPORTAGEM LOCAL
Os advogados de defesa do
casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá não foram
encontrados pela Folha após a
decretação da prisão preventiva. Eles estavam reunidos com
o casal para negociar como o
pai e a madrasta de Isabella se
entregariam à polícia.
Mas, uma hora antes de a decisão sair, um dos advogados
do casal, Marco Polo Levorin,
disse que o pedido de prisão
não tinha fundamento e que o
casal se entregaria caso fosse
essa a decisão da Justiça.
Levorin disse que, em caso
de prisão preventiva, a defesa
do casal entraria na Justiça
com um pedido de habeas corpus para que os dois respondam ao processo em liberdade.
Ele lembrou que a defesa já obteve uma liminar que libertou o
casal da prisão temporária.
O advogado criticou um dos
fundamentos do promotor
Francisco Cembranelli para a
prisão: a manutenção da ordem
pública. Segundo o pedido, o
crime causou comoção e insegurança e, por isso, seria dever
do Judiciário conceder a prisão
para resgatar a tranqüilidade
da sociedade e "garantir a credibilidade da Justiça".
"O Supremo Tribunal Federal não autorizou prisões preventivas baseadas nesses fundamentos em muitos casos."
Também foram argumentos
do promotor os indícios de que
o casal alterou a cena do crime
para prejudicar a investigação
e a suspeita de que pudessem
agredir seus dois filhos.
Antes da decisão, Levorin
disse estar seguro da manutenção da liberdade do casal. "É
um processo que vai demorar
anos, estejam eles soltos ou
presos. Estamos aguardando o
transcurso do processo e o julgamento. E a decisão será favorável ao casal." A defesa sustenta que o casal é inocente e que
uma terceira pessoa cometeu o
crime.
(KT E LK)
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