São Paulo, sexta-feira, 08 de maio de 2009

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Após reclamações de moradores, feira de Higienópolis agora cumpre o horário

DA REPORTAGEM LOCAL

São 5h da manhã e o feirante Nilton Rodrigues, 44, e os colegas estão sentados no meio fio, esperando dar 6h para começar a montar a feira na rua Martim Francisco, em Higienópolis.
Das feiras livres visitadas pela Folha, somente essa cumpre o horário de início de montagem previsto em lei -os caminhões, no entanto, já estavam sendo descarregados às 5h.
Foram percorridas feiras nos Jardins, Cerqueira César, Pinheiros, Cambuci, Pacaembu, Bela Vista e Higienópolis.
A regularização na feira na Martim Francisco ocorreu após várias brigas entre feirantes e moradores -que levaram, inclusive, à sua extinção.
A volta, pouco tempo depois, veio em situação de "teste", o que ainda persiste. No prédio em frente, moradores têm um arquivo de litígios em relação à feira, o mais velho é de 1997.
"Eles começam bem cedo e gritam bastante, esquecem que tem lei do silêncio", diz o administrador Renato Carvalho, 36.
Já a nutricionista Cynthia Delgallo, do mesmo prédio, diz que o que a incomoda mais é a demora na limpeza, sempre depois das 17h. "Se eu ouço [barulho de madrugada], viro para o outro lado e durmo."
Sobre o período de teste da feira, a Secretaria das Subprefeituras disse que "está sendo tratado no âmbito da Subprefeitura da Sé e da Supervisão de Abastecimento que, com os feirantes, buscam alternativas".
Além do horário de início de montagem, a Folha encontrou outras irregularidades pontuais nas feiras, como o uso de papel de jornal como embalagem -o que é vedado pela lei- e uma feira, em Pinheiros, a menos de 100 m da entrada de um hospital. O hospital disse que a feira não "atrapalha".


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