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Após reclamações de moradores, feira de Higienópolis agora cumpre o horário
DA REPORTAGEM LOCAL
São 5h da manhã e o feirante
Nilton Rodrigues, 44, e os colegas estão sentados no meio fio,
esperando dar 6h para começar
a montar a feira na rua Martim
Francisco, em Higienópolis.
Das feiras livres visitadas pela Folha, somente essa cumpre
o horário de início de montagem previsto em lei -os caminhões, no entanto, já estavam
sendo descarregados às 5h.
Foram percorridas feiras nos
Jardins, Cerqueira César, Pinheiros, Cambuci, Pacaembu,
Bela Vista e Higienópolis.
A regularização na feira na
Martim Francisco ocorreu
após várias brigas entre feirantes e moradores -que levaram,
inclusive, à sua extinção.
A volta, pouco tempo depois,
veio em situação de "teste", o
que ainda persiste. No prédio
em frente, moradores têm um
arquivo de litígios em relação à
feira, o mais velho é de 1997.
"Eles começam bem cedo e
gritam bastante, esquecem que
tem lei do silêncio", diz o administrador Renato Carvalho, 36.
Já a nutricionista Cynthia
Delgallo, do mesmo prédio, diz
que o que a incomoda mais é a
demora na limpeza, sempre depois das 17h. "Se eu ouço [barulho de madrugada], viro para o
outro lado e durmo."
Sobre o período de teste da
feira, a Secretaria das Subprefeituras disse que "está sendo
tratado no âmbito da Subprefeitura da Sé e da Supervisão de
Abastecimento que, com os feirantes, buscam alternativas".
Além do horário de início de
montagem, a Folha encontrou
outras irregularidades pontuais nas feiras, como o uso de
papel de jornal como embalagem -o que é vedado pela lei-
e uma feira, em Pinheiros, a
menos de 100 m da entrada de
um hospital. O hospital disse
que a feira não "atrapalha".
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