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Ex-chefe aponta ação política no Psiu e é chamado a depor
Fernando Coscioni critica reabertura de Assembleia de Deus
DA REPORTAGEM LOCAL
O ex-diretor do Psiu Fernando Coscioni e o supervisor de
ocupação e uso do solo da Secretaria das Subprefeituras,
Clayton Claro da Costa, serão
convocados a prestar esclarecimentos na Câmara Municipal
de São Paulo sobre acusações
-feitas pelo próprio Coscioni-
de ingerência política no órgão.
O Psiu é o órgão municipal
responsável por controlar o
ruído em locais fechados.
Exonerado ontem após três
meses no cargo, Coscioni acusou Costa -a quem era subordinado- de autorizar reabertura de um templo da Assembleia
de Deus lacrado pelo Psiu em
abril, sem apresentação de documentação necessária, segundo o "Jornal da Tarde".
Em entrevista na edição de
ontem do jornal, o ex-diretor
diz ter sido vítima de pressões
de políticos para reabrir locais
irregulares. Ele não cita, porém, os nomes desses políticos.
Coscioni não foi localizado
pela Folha ontem. Costa não se
manifestou. A secretaria negou
as acusações, dizendo que a
reabertura foi feita após a apresentação dos documentos.
O requerimento das convocações foi aprovado esta semana e a acareação deve ocorrer
na próxima reunião da comissão, quarta-feira, caso eles sejam notificados a tempo.
Além do templo, os bares da
empresária Lilan Gonçalves e o
teatro Parlapatões foram citados como "locais imexíveis"
pelo ex-diretor do Psiu.
Ligado à Assembleia de
Deus, o líder do DEM na Câmara, vereador Carlos Apolinário,
diz que, ao não citar nomes,
Coscioni cria "um clima de desconfiança sobre todo mundo".
Apolinário tenta derrubar na
Câmara o veto do prefeito Kassab (DEM) a seu projeto de lei
que muda os critérios de medição de barulho e cria uma escala de valores de multas do Psiu
(o valor atual é de R$ 27 mil).
O diretor do Parlapatões
afirma que o local está adequado às exigências desde 2008. A
reportagem não conseguiu falar com a empresária Lilian até
a conclusão desta edição.
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