São Paulo, sábado, 08 de maio de 2010

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MARIA DO CÉO FERREIRA CARVALHAES
(1913-2010)


A regente do primeiro coral de SP para casamentos

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Na rua Itassucê, zona oeste de São Paulo, cerca de 30 senhoras cantoras passaram a se reunir para soltar a voz. No endereço morava Maria do Céo Ferreira Carvalhaes, a fundadora do coral que seria o primeiro da cidade para casamentos, como conta a família.
Céo era cantora, mas sua função no conjunto que ensaiava em sua casa era reger.
Quando precisou dar um nome ao grupo, não teve muitas dúvidas: batizou-o de coral Itassucê, palavra em tupi cujo significado é "faca de pedra".
O conjunto durou por cerca de 50 anos, diz a família. Só encerrou as atividades porque seus integrantes foram chegando à casa dos 90 anos.
Enquanto esteve unido, o Itassucê contou com "vozes de anjos", diz Cecília, uma das sobrinhas da regente.
Na época de criança, Céo aprendeu a tocar piano -o que fez até o fim da vida. Dona de uma voz bonita, chegou a se apresentar como soprano no teatro municipal.
Era também muito religiosa, de ir à missa todos os domingos. Por anos, trabalhou para a Liga das Mulheres Católicas. Dirigiu um lar para idosos e um educandário.
Devido a uma pneumonia, foi internada na Beneficência Portuguesa, que seu pai, Francisco, ajudou a fundar.
Viúva há cerca de 20 anos -foi casada com o dono de uma empresa de café-, morreu na quinta, aos 96, após um infarto. Não teve filhos.
A missa de sétimo dia será na quarta-feira, às 17h, na capela do Lar Sant" Ana, na rua Bernarda Luiz, 29, Alto de Pinheiros, São Paulo.

coluna.obituario@uol.com.br


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