São Paulo, domingo, 08 de maio de 2011 |
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O texto abaixo contém um Erramos, clique aqui para conferir a correção na versão eletrônica da Folha de S.Paulo. Casas noturnas ignoram lei e só oferecem balada "seca" Bebedouro é item obrigatório nos locais, mesmo assim poucos são encontrados Folha percorreu sete das mais disputadas baladas de SP, nenhuma cumpre a lei e vende garrafa d'água a até R$ 7 REYNALDO TUROLLO JR. COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Confinados no mesmo espaço, centenas de jovens embarcam numa maratona de dança, álcool e muito suor. Apesar de uma lei municipal tentar tornar o ambiente das casas noturnas menos hostil à saúde- garantindo água de graça em bebedouros- ,o paulistano continua tendo de pagar até R$ 7 pela garrafa de 500 ml. "Se a água é R$ 7 e a cerveja é R$ 9, eu prefiro a cerveja, ou bebo da torneira", diz a estudante Clara Baitello, 23. A Folha percorreu baladas de três regiões de São Paulo, do circuito alternativo às mais caras e disputadas, e constatou que nenhuma cumpre as exigências do decreto assinado pelo prefeito Gilberto Kassab, que prevê a instalação dos bebedouros. O decreto regulamentou uma lei aprovada em 2008. À época, o projeto causou polêmica ao se inspirar em uma lei inglesa cujo objetivo era minimizar os danos causados pelo uso de ecstasy. O prazo de 90 dias para adequação das baladas paulistanas expirou em março. PROBLEMAS Mesmo onde a Folha encontrou bebedouros, o número estava abaixo do estipulado -um para cada 200 pessoas-, ou não havia copos descartáveis. Os de garrafão estão vetados pela lei. Num galpão da Barra Funda (zona oeste), a D-Edge recebe até 900 pessoas numa noite. Até a última quarta, não tinha bebedouros. A casa disse que teve problemas com o fornecedor, mas que instalaria na quinta. Na Bela Vista (centro), o Clube Glória não oferece água a seus 500 frequentadores -a garrafinha custa R$ 6. O preço é o mesmo do Bar Secreto, em Pinheiros (zona oeste), que também não tem bebedouros. Procurado, o bar não se manifestou. No Lions Night Club, que fica no primeiro andar de um prédio na Brigadeiro Luís Antônio, na Bela Vista (centro), também não há bebedouros. O espaço comporta 500 pessoas e precisaria ter três. A direção diz que vai instalá-los. Já no Brooklin (na zona sul), enquanto o hip-hop esquenta o Cabaret, a água custa R$ 7. A casa disse que há um bebedouro no piso superior, dentro do camarote. Água de graça foi encontrada no Clash Club, na Barra Funda. Há um bebedouro instalado, mas a lotação (500 pessoas) exige mais dois. A assessoria do Clash disse que vai colocar mais três. No Studio SP, na r. Augusta, há bebedouro, mas sem copos. Mesmo assim, a estudante francesa Sophie Dang Vu, 23, aprovou a iniciativa, nunca vista na França. Próximo Texto: Frases Índice | Comunicar Erros |
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