São Paulo, quinta-feira, 08 de junho de 2000


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PANORÂMICA

IBGE
Estudo mostra que aumentou o número dos que se definem como negros

Estudo sobre a população de jovens de 15 a 24 anos no Brasil, divulgado ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostra que na década de 90, em comparação à anterior, aumentou o número dos que se dizem negros.
Segundo uma das coordenadoras da pesquisa, Nilza de Oliveira Martins Pereira, em 1980 os brancos eram 54,7% da população nessa faixa etária e os negros, 44,8%. Em 1991, os negros passam a 50,5% e os brancos a 49,2%.
"Essa situação se deve ao trabalho de conscientização de movimentos negros, que acompanharam o censo de 1991. Como no censo quem define a cor é o entrevistado e não o entrevistador, na última pesquisa mais pessoas se definiram como negras", explicou.
Ela indicou outro fator para esse aumento: a miscigenação. "Mais pessoas passaram a se declarar pardas, incluindo-se no grupo de negros, que engloba pretos e pardos."
O trabalho mostra ainda que, enquanto a população de jovens brancos de 15 a 24 anos cresceu a um ritmo de apenas 0,2% ao ano, a de negros nesta idade cresceu a uma taxa média de 2,3%, entre 1980 e 1991.
Nilza diz que, apesar de a mulher negra ter sido a principal colaboradora para o declínio da fecundidade nos anos 80, ela ainda tem, em média, mais filhos do que as brancas.
"As mulheres brancas, que antes tinham três filhos, passaram a ter dois, e as negras diminuíram a prole de cinco para três", diz outro coordenador do relatório, Juarez de Castro Oliveira.
Segundo ele, o crescimento da população jovem está passando por um processo de desaceleração, embora os números absolutos venham aumentando -eram cerca de 25 milhões em 1980 e 31 milhões em 1996.
(DA SUCURSAL DO RIO)


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