São Paulo, sábado, 08 de junho de 2002

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Ato cobra explicações sobre sumiço de repórter

DA SUCURSAL DO RIO

Cerca de cem pessoas, entre jornalistas e políticos, participaram ontem de ato no centro do Rio para cobrar esclarecimentos sobre o sumiço do repórter Tim Lopes, da TV Globo. Ele está desaparecido desde a noite de domingo, quando fazia uma reportagem na favela Vila Cruzeiro (zona norte).
Em meio a desabafos e cobranças de uma política de segurança mais eficaz, foi proposta a criação de um núcleo de jornalistas para investigar o caso.
O secretário de Segurança Pública, Roberto Aguiar, o chefe de Polícia Civil, Zaqueu Teixeira, e o comandante da PM (Polícia Militar), coronel Francisco Braz, estiveram presentes no ato.
"Estamos nos esforçando ao máximo para achá-lo ainda vivo, se possível. Desde que tivemos a notícia do desaparecimento, colocamos mais de mil policiais para tentar encontrá-lo", disse Aguiar.
Ele classificou o sumiço do jornalista como um ato de ofensa à imprensa e à cidadania. O chefe de Polícia Civil informou que dez agentes da Polícia Federal estão acompanhando as investigações.
André Martins, cunhado de Tim Lopes, bastante emocionado, defendeu uma discussão sobre a descriminalização das drogas. "Uma parcela da população pensa que essas substâncias tóxicas são nefastas, mas os efeitos da proibição desse comércio são muito piores. Essa é uma questão que precisa ser discutida já."
O diretor da Central Globo de Jornalismo, Carlos Henrique Schroder, elogiou Tim Lopes. Ele disse que o repórter "foi vítima do que procurava lutar contra [o tráfico de drogas"".



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