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Ato cobra explicações sobre sumiço de repórter
DA SUCURSAL DO RIO
Cerca de cem pessoas, entre jornalistas e políticos, participaram
ontem de ato no centro do Rio para cobrar esclarecimentos sobre o
sumiço do repórter Tim Lopes, da
TV Globo. Ele está desaparecido
desde a noite de domingo, quando fazia uma reportagem na favela Vila Cruzeiro (zona norte).
Em meio a desabafos e cobranças de uma política de segurança
mais eficaz, foi proposta a criação
de um núcleo de jornalistas para
investigar o caso.
O secretário de Segurança Pública, Roberto Aguiar, o chefe de
Polícia Civil, Zaqueu Teixeira, e o
comandante da PM (Polícia Militar), coronel Francisco Braz, estiveram presentes no ato.
"Estamos nos esforçando ao
máximo para achá-lo ainda vivo,
se possível. Desde que tivemos a
notícia do desaparecimento, colocamos mais de mil policiais para
tentar encontrá-lo", disse Aguiar.
Ele classificou o sumiço do jornalista como um ato de ofensa à
imprensa e à cidadania. O chefe
de Polícia Civil informou que dez
agentes da Polícia Federal estão
acompanhando as investigações.
André Martins, cunhado de
Tim Lopes, bastante emocionado,
defendeu uma discussão sobre a
descriminalização das drogas.
"Uma parcela da população pensa que essas substâncias tóxicas
são nefastas, mas os efeitos da
proibição desse comércio são
muito piores. Essa é uma questão
que precisa ser discutida já."
O diretor da Central Globo de
Jornalismo, Carlos Henrique
Schroder, elogiou Tim Lopes. Ele
disse que o repórter "foi vítima do
que procurava lutar contra [o tráfico de drogas"".
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