São Paulo, terça-feira, 08 de junho de 2004

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Marta diz que merece benefício

DA REPORTAGEM LOCAL

A prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, disse ontem, durante cerimônia de lançamento do Farmácia Popular, que mereceu ser a maior beneficiada com o programa porque herdou um "desarranjo enorme" na área da saúde quando assumiu o posto, em janeiro de 2001.
Ontem, foram inauguradas dez farmácias na capital paulista. No próximo mês, serão mais dez.
"A saúde é talvez a área com o maior nível de corrupção e falta de atendimento que recebemos [ao assumir a prefeitura]. Foi um desafio gigantesco", afirmou.
Segundo a prefeita, a cidade deixou de receber do SUS R$ 100 milhões por ano por causa do PAS (Plano de Atendimento à Saúde). "Os hospitais foram deteriorando e as unidades básicas também. Tivemos de contratar 40 mil funcionários por concurso para a saúde. Foi um rearranjo inteiro", justificou a petista.
A assessoria do ex-prefeito Celso Pitta (PSL) não foi localizada na noite de ontem para comentar as críticas da prefeita.
O benefício à cidade de São Paulo também pode ser entendido como uma ajuda do governo federal à gestão Marta, que buscará a reeleição em outubro. Em conversas informais com a Folha, dirigentes do PT fazem essa leitura, ao identificar três grandes preocupações entre os brasileiros que elegerão os novos prefeitos: segurança, desemprego e saúde.
Suas pesquisas internas revelam o mesmo panorama que se extrai das planilhas do último levantamento do Datafolha, no final de março: o sistema de saúde municipal é muito mal avaliado pelos paulistanos. Apenas 12% dizem que os serviços na cidade de São Paulo são ótimos ou bons. Mais da metade dos entrevistados (55%) afirma que são ruins ou péssimos. (FS)


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