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Acaba bloqueio de celulares em presídios
Ordem é restabelecer de imediato o sinal no entorno de cinco penitenciárias do interior do Estado, barrado durante 20 dias
A Secretaria da Segurança, autora do primeiro pedido, feito após ataques do PCC no Estado, irá fazer nova solicitação de desligamento
RICARDO GALLO
DA REPORTAGEM LOCAL
A Justiça determinou ontem
o restabelecimento imediato
dos sinais de telefones celulares no entorno de cinco penitenciárias de São Paulo. O bloqueio durou 20 dias, vigorou
até ontem e, por decisão de
Alex Tadeu Monteiro Zilenovski, juiz-corregedor do Dipo
(Departamento de Inquéritos
Policiais), não será estendido.
A Secretaria de Estado da Segurança Pública apresentou
um pedido de renovação do
bloqueio. A exemplo da primeira solicitação, de maio, a intenção era impedir a comunicação
dos presos.
A Secretaria da Segurança
Pública afirmou que a Polícia
Civil irá fazer novo pedido de
bloqueio à Justiça.
O corte do sinal ocorrera originalmente em Iaras, Presidente Venceslau, Araraquara, Avaré, São Vicente e Franco da Rocha. Em Avaré, o sinal foi restabelecido na semana passada
porque a penitenciária local
não abrigava mais presos.
Na decisão de ontem, Zilenovski sustenta que acolheu o
primeiro pedido de bloqueio
em razão do clima de insegurança na ocasião dos ataques do
PCC (Primeiro Comando da
Capital) no Estado, entre os
dias 12 e 19 de maio. Segundo
ele, no entanto, cabe ao governo do Estado, e não ao Judiciário, o dever de impedir a entrada de celulares nas unidades
prisionais. "A medida cautelar
tem caráter estritamente precário e temporário e foi implantada por ordem da Justiça apenas para resguardar os interesses públicos e estatais (...), então colocados em xeque", anotou o juiz na sentença. "Assim,
não há como conceber uma
medida cautelar gestada por
um juízo criminal que se transformasse em (...) solução para
uma deficiência que já é de conhecimento do Estado-Administração há muito tempo."
De acordo com o juiz-corregedor, a comunicação dos detentos nos presídios não se limita aos celulares -ele faz referência a interlocutores dos
presos, a rádios piratas e a radiocomunicadores, além da
corrupção de agentes públicos.
A Anatel (Agência Nacional
de Telecomunicações) informou ontem que os sinais serão
religados a partir de hoje nos
presídios onde houve a suspensão. A agência considerou a
suspensão do sinal de celulares
uma situação "excepcional",
com data para terminar. Já a
Acel (Associação Nacional das
Operadoras Celulares) disse
que a ativação do sinal ocorreria entre ontem à noite e hoje.
Colaborou a Sucursal de Brasília
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