São Paulo, quinta-feira, 08 de julho de 2004

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Polícia descobre cativeiro e liberta médica seqüestrada em Campinas

DANIEL AZEVEDO
FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS

Policiais da Deas (Delegacia Especializada Anti-Seqüestro) de Campinas (interior de SP) prenderam ontem dois homens e libertaram uma médica de 44 anos de idade de um cativeiro no Jardim Esmeraldina, onde ela estava presa desde a noite de anteontem.
De acordo com Edson Jorge Aidar, delegado da Deas, os investigadores ainda procuram outros envolvidos na ação.
Na região de Campinas, de acordo com a Deas, ocorreram 12 seqüestros desde o início deste ano. Em todo o ano passado, conforme a delegacia, foram 13.
Segundo a polícia, foram presos ontem Vitório Zdonek Filho, 32, e o angolano Eduardo Nuno de Freitas Pereira, 37, que cumpriu pena de oito anos por outro seqüestro na cidade, em 1995, e foi libertado em novembro do ano passado.
Para concretizar o seqüestro, segundo a polícia, Zdonek Filho e Pereira se passaram por pacientes e marcaram uma consulta na clínica da médica, no centro de Campinas, às 18h de anteontem, último horário do dia. Com poucas pessoas no local, não houve dificuldade em realizar o seqüestro durante o atendimento.
O marido da vítima, que pediu para não ser identificado, estava presente no consultório, mas não conseguiu impedir a ação. A polícia foi informada sobre o crime no início da noite de anteontem e passou a acompanhar a negociação do resgate rastreando as quatro ligações telefônicas realizadas pelos acusados e um bilhete colocado em uma placa da rodovia Santos Dumont.
Na manhã de ontem, os investigadores chegaram à casa do angolano, no Jardim Nova Europa, e o prenderam.
De acordo com a polícia, os investigadores identificaram o local do cativeiro e encontraram Zdonek Filho, que ainda tentou fugir pulando um muro.

Outra vítima
A mesma quadrilha teria seqüestrado um adolescente de 16 anos há cerca de 20 dias. O jovem foi libertado após o pagamento de parte do resgate pedido no dia 26 do mês passado.
O advogado de defesa dos acusados, Jaime Aparecido de Jesus Cunha, apresentou-se na delegacia e disse já ter defendido Eduardo Nuno de Freitas Pereira no caso em que foi condenado. "Precisamos estudar o caso para definir a estratégia de defesa", afirmou.


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