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Polícia descobre cativeiro e liberta médica seqüestrada em Campinas
DANIEL AZEVEDO
FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS
Policiais da Deas (Delegacia Especializada Anti-Seqüestro) de
Campinas (interior de SP) prenderam ontem dois homens e libertaram uma médica de 44 anos
de idade de um cativeiro no Jardim Esmeraldina, onde ela estava
presa desde a noite de anteontem.
De acordo com Edson Jorge Aidar, delegado da Deas, os investigadores ainda procuram outros
envolvidos na ação.
Na região de Campinas, de
acordo com a Deas, ocorreram 12
seqüestros desde o início deste
ano. Em todo o ano passado, conforme a delegacia, foram 13.
Segundo a polícia, foram presos
ontem Vitório Zdonek Filho, 32, e
o angolano Eduardo Nuno de
Freitas Pereira, 37, que cumpriu
pena de oito anos por outro seqüestro na cidade, em 1995, e foi
libertado em novembro do ano
passado.
Para concretizar o seqüestro, segundo a polícia, Zdonek Filho e
Pereira se passaram por pacientes
e marcaram uma consulta na clínica da médica, no centro de
Campinas, às 18h de anteontem,
último horário do dia. Com poucas pessoas no local, não houve
dificuldade em realizar o seqüestro durante o atendimento.
O marido da vítima, que pediu
para não ser identificado, estava
presente no consultório, mas não
conseguiu impedir a ação. A polícia foi informada sobre o crime
no início da noite de anteontem e
passou a acompanhar a negociação do resgate rastreando as quatro ligações telefônicas realizadas
pelos acusados e um bilhete colocado em uma placa da rodovia
Santos Dumont.
Na manhã de ontem, os investigadores chegaram à casa do angolano, no Jardim Nova Europa, e o
prenderam.
De acordo com a polícia, os investigadores identificaram o local
do cativeiro e encontraram Zdonek Filho, que ainda tentou fugir
pulando um muro.
Outra vítima
A mesma quadrilha teria seqüestrado um adolescente de 16
anos há cerca de 20 dias. O jovem
foi libertado após o pagamento de
parte do resgate pedido no dia 26
do mês passado.
O advogado de defesa dos acusados, Jaime Aparecido de Jesus
Cunha, apresentou-se na delegacia e disse já ter defendido Eduardo Nuno de Freitas Pereira no caso em que foi condenado. "Precisamos estudar o caso para definir
a estratégia de defesa", afirmou.
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