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Táxis de SP voltarão a ter propaganda
Em projeto-piloto, cerca de 300 carros ganharão luminosos com anúncios de eventos e atrações turísticas
Acordo da SPTuris com agência de publicidade também prevê mini-TVs nos veículos, como acontece em Nova York
JOSÉ BENEDITO DA SILVA
DE SÃO PAULO
Menos de quatro anos
após ter sido banida das ruas
de São Paulo pela Lei Cidade
Limpa, a publicidade está
prestes a voltar nos táxis.
A propaganda virá em luminosos dupla-face, que ficarão em cima dos carros,
que veicularão mensagens
relativas a eventos turísticos
-como Parada Gay, Fórmula
1, Indy e Virada Cultural-,
feiras, exposições e atrações
culturais da cidade.
Os luminosos também trarão campanhas públicas, como a de vacinação.
Os 300 primeiros táxis inclusos na experiência -quase 1% da frota da cidade, de
32 mil- devem circular no
início de 2011.
A volta dos luminosos foi
acertada entre a SPTuris, estatal controlada pela prefeitura, e a agência de marketing Amigo. A iniciativa se
vale de brecha oferecida pela
lei, que prevê "anúncios especiais", entre os quais os de
interesse cultural.
BRECHAS
Brechas na lei já abriram
caminho para outras propagandas, inclusive de cunho
comercial, como a reforma
do Copan, edifício projetado
pelo arquiteto Oscar Niemeyer, que irá ostentar em painéis anúncio da empresa que
bancar a sua reforma.
Projeto do prefeito Gilberto Kassab (DEM), que está na
Câmara, também prevê publicidade comercial em cerca
de mil relógios e 8.800 abrigos em pontos de ônibus.
Segundo a SPTuris, a volta
da publicidade em táxis já foi
aprovada pelo DTP (Departamento de Transportes Públicos), da prefeitura, e será
submetida à CPPU (Comissão de Proteção à Paisagem
Urbana), que fiscaliza a aplicação da Lei Cidade Limpa.
Os carros que ganharem os
luminosos terão também, do
lado de dentro, mini-TVs de
plasma para os passageiros.
A exemplo do que acontece em Nova York, essas TVs
poderão exibir programetes e
anúncios comerciais -é da
negociação desse conteúdo
que virá a receita da Amigo.
Não serão permitidas propagandas de bebidas alcoólicas, cigarros, produtos ilegais ou de conotação erótica.
EXPANSÃO
A iniciativa do acordo partiu da Amigo, mas a A SPTuris diz que está aberta a parcerias com outras agências.
Isso vai depender da viabilização econômica do acordo-piloto.
"Podemos ampliar o número de táxis, mas a partir da
sustentabilidade econômica
da iniciativa", afirma Luiz
Henrique Miranda, diretor-executivo da Amigo.
SEM CUSTOS
A condição da SPTuris para novas parcerias é que não
haja custos, como no acordo
com a Amigo, em que não pagará e nem receberá nada. A
agência negociará a remuneração dos taxistas.
"Sou a favor, desde que
haja uma rentabilidade boa
para o taxista e que não seja
uma coisa obrigatória", diz
Natalício Bezerra Silva, presidente do Sindicato dos Taxistas Autônomos, que tentará
negociar a garantia de um valor mínimo a ser pago.
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