São Paulo, sexta-feira, 08 de julho de 2011

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SP ganha central on-line de vaga em UTI

Objetivo do sistema, usado por hospitais que atendem pelo SUS, é agilizar transferência de paciente em estado grave

Associação de Medicina Intensiva Brasileira elogia medida, mas ressalta que é preciso criar mais leitos de UTI


TALITA BEDINELLI
DE SÃO PAULO

O governo de São Paulo inaugurou ontem uma central on-line 24 horas para organizar a oferta de vagas de UTI em hospitais públicos.
Por meio da central, hospitais que atendem pelo SUS (Sistema Único de Saúde) poderão consultar onde há vagas de unidade de terapia intensiva disponíveis e realizar transferência dos pacientes, até para outros municípios.
Antes da central, a busca pelas vagas era feita de forma descentralizada: cada uma das 17 regionais de saúde do Estado tinha que buscar leitos nos hospitais de seus municípios por telefone ou fax.
Quando não havia vaga na própria regional, era necessário recorrer à Secretaria da Saúde. O processo era demorado, segundo a pasta.
Agora, as vagas serão solicitadas pelas unidades de saúde diretamente à central, por telefone ou internet.
Os casos serão classificados por médicos de plantão segundo a gravidade. Os mais graves devem ter atendimento em até uma hora. Os de menor risco, em até 12 h.
A preferência, segundo o secretário Giovanni Guido Cerri, será por vagas mais próximas à casa do doente. Mas, em alguns casos, o deslocamento poderá ser feito para cidades mais distantes.
No Estado, existem atualmente 4.700 leitos de UTI pelo SUS, segundo a secretaria.
Apesar de ter sido inaugurado apenas ontem, o sistema começou a ser instalado há um mês. Nesse período, segundo a secretaria, houve uma queda de 40% na mortalidade de pacientes que necessitavam de leitos de UTI.

MAIS VAGAS
Para Ederlon Rezende, presidente da Amib (Associação de Medicina Intensiva Brasileira), a iniciativa é bem-vinda, mas ainda é preciso aumentar o número de vagas do SUS em pelo menos 50% no Estado de São Paulo.
"Um sistema que permita gerenciar melhor os leitos disponíveis é bastante positivo. Mas o problema de falta de vagas só vai ser resolvido em definitivo com a abertura de mais leitos do SUS", diz.
Outro problema é que os leitos estão concentrados nas grandes cidades. "O paciente que necessita de UTI precisa de atendimento rápido."
Segundo o secretário da Saúde, a central poderá ajudar o Estado a detectar locais mais carentes de vagas em UTI para que a ampliação de leitos seja mais racional.


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