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São Paulo, sexta-feira, 08 de agosto de 2003

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URBANISMO

Área pública tomará o lugar da Casa de Detenção

Parque da Juventude começará a funcionar em um mês na zona norte

DA REPORTAGEM LOCAL

No dia 14 de setembro, o distrito de Santana (zona norte de SP) começa, na prática, a fazer uma troca bem vantajosa. No lugar do maior presídio da América Latina, palco de infindáveis rebeliões, fugas e um massacre histórico, entra um parque público cuja área total de 328 mil m2 (quase 46 campos de futebol oficiais) abrigará, entre outros, dez quadras esportivas, pista de skate, teatro, escola técnica e mata atlântica.
Com um atraso de cinco meses em relação à promessa inicial (março), será inaugurada, nessa data, a primeira etapa do Parque da Juventude, que tomará o lugar da Casa de Detenção do Complexo Penitenciário do Carandiru.
A um custo de R$ 7 milhões, os 50 mil m2 -dos quais 15 mil m2 são remanescentes de mata atlântica- formarão o pólo esportivo do parque, que terá mais duas etapas e deve estar totalmente pronto no fim de 2004, segundo o governador Geraldo Alckmin.
"Estamos entregando a primeira fase dentro do cronograma", afirmou Alckmin. "As pessoas não terão mais de atravessar o rio. Será o Ibirapuera do outro lado do Tietê", completou. A zona norte já tem o Horto Florestal e o Parque Estadual da Serra da Cantareira, mas eles têm um perfil mais voltado ao lazer contemplativo.
A segunda parte do Parque da Juventude, de 130 mil m2, será formada principalmente por áreas verdes. Orçada em R$ 8 milhões, deve estar concluída no início do próximo ano. A terceira etapa será o parque institucional, onde estão os quatro pavilhões que restaram da demolição da Casa de Detenção, nos quais funcionarão um centro cultural, um centro de tecnologia da informação, uma Fatec (Faculdade de Tecnologia) e um centro para o terceiro setor.
Essa fase será a mais cara -está orçada em R$ 37 milhões, segundo o secretário de Estado da Juventude, Esporte e Lazer, Lars Grael- e deve ser entregue ao público somente no fim de 2004.
Inaugurada em 1956, a Casa de Detenção do Carandiru chegou a abrigar mais de 8.000 presos. No dia 8 de dezembro de 2002, já vazia, teve os seus pavilhões 6, 8 e 9 implodidos. No complexo penitenciário ainda funcionam a Penitenciária do Estado, a Penitenciária Feminina, o Hospital Central Penitenciário, o Centro de Observação Criminológica, a Escola Penitenciária, farmácia e oficinas.


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