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Decisão da Justiça libera hotel de Oscar Maroni
Funcionários do empresário, que está foragido, retiraram blocos que impediam entrada do prédio ontem à tarde
Edifício passou a ser visto como risco à aviação em Congonhas; prefeitura diz que obra não corresponde ao projeto aprovado
FABIANO NUNES
DO "AGORA"
Uma decisão judicial permitiu que o Oscar's Hotel, em
Moema (zona sul de SP), fosse
reaberto no início da tarde de
ontem. Com o pedido de prisão
preventiva decretada, o dono
do empreendimento, Oscar
Maroni Filho, permanecia foragido até o início da noite.
O embate entre o empresário
e a prefeitura se agravou no dia
26. Com 11 andares, o hotel fora
lacrado por ser considerado um
risco à aviação. Segundo a prefeitura, a obra não corresponde
à planta nem ao fim aprovado,
de prédio comercial.
A prefeitura interditou o edifício após denúncias de que sua
altura atrapalharia o pouso e
decolagem de aviões em Congonhas. Segundo Vladimir Oliveira da Silveira, advogado de
Maroni, a obra é regular. "A altura máxima permitida é de
47,5 m. O hotel tem 47,3 m."
Funcionários do Bahamas,
empreendimento de Maroni,
próximo ao hotel, retiraram os
blocos que interditavam o local. A prefeitura disse que a decisão é provisória e que o mérito da ação ainda não foi julgado.
O empresário continua foragido -o juiz da 5ª Vara Criminal de SP, Edson Aparecido
Brandão, decretou anteontem
sua prisão preventiva. Maroni é
acusado de favorecimento à
prostituição, tráfico interno de
pessoas e exploração de casa de
prostituição. O Bahamas foi lacrado no dia 3, após Maroni declarar em entrevista que no local havia prostituição de luxo.
A Secretaria Estadual da Segurança Pública afirmou que
equipes do Grupo de Operação
Especiais o procuram. Segundo
o promotor José Carlos Blat, foi
encontrada na boate uma lista
com contatos de militares da
FAB. "O Ministério Público Federal deverá investigar para saber se eles favoreceram o empresário de alguma forma."
Ontem, Maroni disse que recebeu convite de "dois grandes
partidos" para ser candidato à
prefeitura em 2008. Ele diz que
todos os seus negócios são legais e que está em um hotel no
litoral de SP, à espera de orientações de seus advogados.
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