São Paulo, segunda-feira, 08 de agosto de 2011

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SILVESTRE BARBOSA DA SILVA (1927-2011)

1º chaveiro de Campina Grande

ANDRESSA TAFFAREL
DE SÃO PAULO

Nos últimos 40 anos, quem precisava fazer uma chave ou consertar uma panela em Campina Grande, na Paraíba, normalmente procurava o quiosque de Silvestre Barbosa da Silva.
Sempre sorridente e educado, Galego das Chaves, como era mais conhecido, foi o primeiro chaveiro da cidade e logo virou figura conhecida no comércio do centro.
E foi copiando uma chave aqui, colando um cabo de panela ali, que ele criou os quatro filhos. Deu estudo a todos -até faculdade-, pois não queria que fossem semianalfabetos como ele.
Apesar de ter estudado muito pouco, fazia questão de ler pelo menos dois jornais por dia. Livros, principalmente os que tinham como tema a história do Brasil, eram sua grande paixão.
Também gostava de política, mas nunca quis se candidatar a nenhum cargo.
Uma característica forte da sua personalidade era o apego aos valores morais. Morar junto, só depois do casamento, dizia para as filhas.
Católico fervoroso, era muito devoto da Nossa Senhora do Desterro e da do Carmo e ia com frequência ao cemitério para visitar o túmulo dos pais.
Pouco antes de morrer, na terça-feira (2), disse para uma de suas filhas que estava muito feliz, apesar de sentir bastante dor -sofria de enfisema pulmonar.
Tinha 83 anos. Deixa os quatro filhos e a mulher, Maria Anunciada, com quem viveu por quase 40 anos.
A missa do sétimo dia será realizada nesta quarta-feira, às 19h30, na paróquia de São Cristóvão, no bairro de São José, em Campina Grande.

coluna.obituario@uol.com.br


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