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Morador prefere verba para fazer outro barraco
DO "AGORA"
Na favela da Paz, ao lado da
alça da ponte Júlio de Mesquita
Neto, na marginal Tietê (zona
norte da capital paulista), ninguém quer entrar em nenhum
programa habitacional.
"Eu quero pegar os R$ 8.000.
Vou fazer um outro barraco
bem melhor que o meu", afirmou o ambulante Luciano Vital, 28. Ele mora no local há um
ano com a mulher e a filha de
cinco anos.
No final de 2005, Vital foi removido da favela Beira Rio,
também na zona norte de São
Paulo. "De lá, fui retirado sem
receber nada."
Outros moradores ouvidos
pela reportagem em três favelas próximas de alças das marginais preferem receber os
R$ 8.000 em dinheiro, em vez
de aguardar a realocação em
imóveis localizados em conjuntos habitacionais.
"É melhor algum dinheiro logo do que sair da minha casa
própria e ir para o aluguel, até
que alguém resolva me dar um
apartamento da CDHU [Companhia de Desenvolvimento
Habitacional e Urbano]", afirmou a desempregada Maria
Costa, 32, moradora da favela
Real Parque, ao lado da ponte
João Dias (zona sul da capital).
Na favela Ilha Grande, ao lado da ponte Atílio Fontana (na
zona oeste da capital paulista),
onde o prazo para a desocupação dos imóveis expira no dia 1º
de outubro, alguns moradores
ainda aguardam receber os
R$ 8.000 prometidos pela Prefeitura de São Paulo.
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