São Paulo, sábado, 08 de setembro de 2007

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Morador prefere verba para fazer outro barraco

DO "AGORA"

Na favela da Paz, ao lado da alça da ponte Júlio de Mesquita Neto, na marginal Tietê (zona norte da capital paulista), ninguém quer entrar em nenhum programa habitacional.
"Eu quero pegar os R$ 8.000. Vou fazer um outro barraco bem melhor que o meu", afirmou o ambulante Luciano Vital, 28. Ele mora no local há um ano com a mulher e a filha de cinco anos.
No final de 2005, Vital foi removido da favela Beira Rio, também na zona norte de São Paulo. "De lá, fui retirado sem receber nada."
Outros moradores ouvidos pela reportagem em três favelas próximas de alças das marginais preferem receber os R$ 8.000 em dinheiro, em vez de aguardar a realocação em imóveis localizados em conjuntos habitacionais.
"É melhor algum dinheiro logo do que sair da minha casa própria e ir para o aluguel, até que alguém resolva me dar um apartamento da CDHU [Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano]", afirmou a desempregada Maria Costa, 32, moradora da favela Real Parque, ao lado da ponte João Dias (zona sul da capital).
Na favela Ilha Grande, ao lado da ponte Atílio Fontana (na zona oeste da capital paulista), onde o prazo para a desocupação dos imóveis expira no dia 1º de outubro, alguns moradores ainda aguardam receber os R$ 8.000 prometidos pela Prefeitura de São Paulo.


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