São Paulo, segunda-feira, 08 de setembro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

GILDA MARIA GRUMBACH MENDONÇA (1940-2008)

Na defesa da educação a distância

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Gilda Maria Grumbach queria desmistificar a educação a distância. Coordenadora da área na UniRio (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro), dizia que aquele modelo de ensino era vítima de preconceito.
Além de achá-lo eficiente, apontava as vantagens: o custo com locomoção era nulo, e ficava permitido, inclusive, que atividades educacionais fossem realizadas nos locais de trabalho. A educação a distância era uma exigência do momento, disse no título de um texto.
Filha de um dentista e de uma dona-de-casa, Gilda nasceu na Tijuca. Estudou num colégio de freiras e, depois, formou-se professora primária por um instituto de educação. Pela Universidade Gama Filho, bacharelou-se em pedagogia.
Em 1965, casou-se com um comerciante, com quem teve três filhas. O quarto filho, homem, veio do segundo casamento. Além de ter exercido um cargo de direção na Gama Filho, Gilda trabalhou também na Secretaria Municipal de Educação do Rio.
"Ela era muito idealista", lembra a amiga também professora. Há 12 anos, teve um câncer de mama diagnosticado. Enfrentou a doença e a depressão. Depois de oito anos de luta, achou que tivesse vencido o câncer, mas ele voltou nos três últimos anos.
Mesmo doente, não largou o trabalho. Aposentou-se pouco antes de morrer, na terça passada, no Rio, aos 67, vítima da doença. Deixou quatro filhos e cinco netos.


obituario@folhasp.com.br




Texto Anterior: Mortes
Próximo Texto: Maioria dos alunos fumantes iniciou o vício antes dos 14
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.