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POLÍCIA SOB SUSPEITA
Conversa de Desgualdo com assessor foi gravada em julho
Procurador avalia grampo de delegado
DA REPORTAGEM LOCAL
A Procuradoria Geral de Justiça
de São Paulo começou a avaliar
ontem se há indício de crime na
conversa mantida entre o chefe da
Polícia Civil paulista, Marco Antonio Desgualdo, e seu principal
assessor, flagrada em grampos telefônicos da investigação que levou à prisão do maior contrabandista de cigarros do país, Roberto
Eleutério da Silva, o Lobão.
Na interceptação, realizada às
9h15 do dia 15 de julho deste ano,
Desgualdo fala com o delegado
Luiz Carlos dos Santos, o China,
sobre um delegado de São José
dos Campos, integrante do Conselho Superior da Polícia Civil -a
cúpula da corporação-, que estaria sendo investigado pelo Ministério Público Estadual por suposta ligação com bicheiros.
No diálogo, Desgualdo revela ao
assessor que o policial estava com
seus telefones grampeados e que a
mulher dele havia sido fotografada em um hotel ao lado de bicheiros. A Procuradoria irá avaliar se a
gravação demonstra que o delegado-geral mandou alertar o delegado de São José dos Campos sobre a investigação -o que caracterizaria prevaricação. "Tinha que
chegar para ele [o delegado] hoje", diz Desgualdo na gravação.
A transcrição do grampo foi enviada ao procurador-geral de Justiça do Estado, Luiz Antonio Guimarães Marrey, pela juíza-corregedora Ivana David Boriero, do
Dipo (Departamento de Inquéritos Policiais), que investiga policiais flagrados nas gravações do
Ministério Público Federal. Em
razão do cargo, Desgualdo tem
foro diferenciado.
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