São Paulo, sexta-feira, 08 de novembro de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Polícia faz busca em condomínios para prender integrantes do PCC

MÁRIO TONOCCHI
FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS

As polícias Civil e Militar de Campinas realizaram ontem uma operação em dois condomínios do bairro Jardim São José, periferia da cidade, para prender membros do PCC (Primeiro Comando da Capital) e desarticular um possível plano de atentado.
O ação teve a participação de 291 PMs, 92 policiais civis e um helicóptero. A ocupação começou por volta das 7h, com buscas nos condomínios Borba Gato e Pascoal Moreira Cabral, onde moram aproximadamente 3.400 pessoas em 512 apartamentos.
O bairro teve o comércio fechado, na sexta-feira da semana passada, por ordem de traficantes e membros da facção criminosa, segundo apurou a Folha.
"Ainda estamos tratando da possibilidade desse atentado como boato, mas não podemos deixar essa informação de lado. Infelizmente, a operação vazou e quem estávamos procurando desapareceu", disse o tenente-coronel Lúcio Ricardo de Oliveira.
A polícia de Campinas (95 km de São Paulo) obteve mandados de busca e apreensão para 24 apartamentos. A operação foi montada, segundo a coronel Eurídice Orpheu Alves de Souza, com informações do Disque-Denúncia e investigações do serviço reservado da PM.
De acordo com a PM, o balanço da operação, encerrada às 11h40, foi de dez pessoas detidas e dois revólveres calibre 32, uma garrucha 22 (tipo de arma) e uma porção de cocaína apreendidos.
Os dois condomínios revistados em Campinas, segundo a polícia, estão sendo ocupados por famílias de detentos ligados ao PCC. Essas pessoas estariam, de acordo com a polícia, desabrigando os moradores do local.


Texto Anterior: Promotores encontram supostos instrumentos de tortura na Febem
Próximo Texto: Barbara Gancia: Olha só quem quer aumentar os salários dos deputados!
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.