LEILA SUWWAN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O número de casos de dengue registrados neste ano no Brasil já ultrapassa 736.391, dos quais 73% ocorreram entre fevereiro e abril, no pico da epidemia recorde da doença que atingiu o país -especialmente o Rio de Janeiro.
Os casos de dengue hemorrágica, forma mais grave da doença, já chegam a 2.279, com 134 mortes. Desse total, 1.816 casos e 87 mortes ocorreram no Rio. Não foram divulgados dados referentes à infestação do mosquito, que indicariam a possibilidade ou não de nova epidemia no próximo verão.
Segundo a Funasa (Fundação Nacional de Saúde), houve uma redução drástica no número de doentes nos Estados nos últimos meses, o que indica dois efeitos: as medidas de controle do Aedes aegypti (transmissor) surtiram efeito e a epidemia já atingiu grande parte da população.
"O número de doentes foi tão grande no começo do ano que sobraram menos pessoas suscetíveis", disse o presidente da Funasa, Mauro Ricardo Costa.
No Brasil, já há três dos quatro sorotipos existentes. Os pacientes adquirem imunidade apenas ao tipo que contraíram. Não há vacina ou remédio, apenas medicamentos para atenuar os sintomas.
O Programa Nacional de Controle da Dengue tem três metas. A principal é reduzir em 50% o número de casos em 2003. As outras são reduzir a infestação predial (número de focos por domicílio) e a letalidade da dengue hemorrágica para menos de 1%.
O programa movimentará mais de R$ 1 bilhão até o final do ano, com equipamentos e treinamento de pessoal, entre outras coisas.


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