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SEGURANÇA SOB AMEAÇA
Mais de 20 tiros atingiram a casa do soldado, em Sapopemba, na noite de quarta-feira; sua mulher, também policial, foi ferida
PM vítima de ataque pede afastamento
DO "AGORA"
Após sua casa ter sido alvo de
atentados na quarta-feira, o soldado Emerson Dias da Silva, 36,
decidiu ontem pedir afastamento
da função. No ataque, quando
mais de 20 tiros atingiram sua casa, em Sapopemba (zona leste de
São Paulo), sua mulher Flávia Nunes, 26, levou um tiro de raspão
no cotovelo. Ela estava na sala,
amamentando a filha Luíza, de
um mês e sete dias.
"Preciso de um tempo para me
reestruturar. Como vou trabalhar
sem saber como está a minha família?", perguntou o soldado. Sua
mulher disse que só não fará o
mesmo porque está de licença-maternidade.
Desde que foram vítimas do
atentado, o casal diz que não conseguiu voltar à rotina. "Agora,
qualquer pedrinha que cai, a gente assusta", afirmou. A tensão e o
estado de alerta são permanentes.
"A gente redobrou a atenção",
falou Silva, contando que sua outra filha, de quatro anos, também
está muito assustada. "Ela está
traumatizada e a outra nem sabe
que ela nasceu de novo", contou.
O ataque à casa dos policiais
ocorreu por volta das 23h30 de
quarta-feira. Testemunhas disseram que foi realizado por quatro
homens em um Gol vinho. O soldado mora há 20 anos no local,
que, segundo ele, é bem violento.
O policial não quis falar sobre o
que foi alterado em sua rotina.
"Eu estaria ajudando os bandidos
se contasse as mudanças na minha segurança", falou.
Quem fez?
O soldado entrou há 16 anos na
Polícia Militar, por admirar um
vizinho policial. Horas depois do
ataque, ele chegou a dizer que estava com mais vontade de "prender os bandidos".
Ontem, Silva disse que preferia
não dar mais declarações até o caso ser resolvido. "Primeiro a gente
tem que descobrir quem foi e por
que fez", falou.
De acordo com o policial, as polícias Militar e Civil estão dando
apoio à sua família.
Na tarde de ontem, um carro da
PM, com quatro policiais, permaneceu estacionado na porta da casa de Silva durante meia hora. Por
alguns minutos, os policiais conversaram com o casal, que foi até a
calçada.
A Guarda Civil Metropolitana
também está fazendo rondas
constantes no local.
O atentado à casa do policial aumentou ainda mais o clima de
apreensão entre policiais civis e
militares.
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