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Atrasada, reforma da praça Roosevelt ficará para 2008
Região sofre com problemas como estruturas depredadas e invasões de prédio
Obra, avaliada em R$ 13 mi, estava prevista para começar em 2006; objetivo é retirar parte do concreto e deixar a área mais verde
AFRA BALAZINA
DA REPORTAGEM LOCAL
Em vez de uma área reformada, com mais verde e menos
concreto, problemas. O que se
vê hoje em diversos pontos da
praça Roosevelt, na região central de São Paulo, são estruturas depredadas. O prédio da escola que havia no local, por
exemplo, está com os vidros
quebrados e é constantemente
invadido. Há infiltrações nas
lajes e um grande buraco de 9
metros de profundidade perto
da igreja da Consolação.
A obra prevista para recuperar a Roosevelt, entretanto, terá um atraso de dois anos. A reforma, alardeada na gestão do
então prefeito José Serra
(PSDB), deveria ter começado
em março de 2006. Porém, segundo o secretário Andrea Matarazzo (Subprefeituras), terá
início apenas em 2008.
Para completar, a Sabesp admite que o buraco visto no local
-onde é necessário fazer um
reparo de vazamentos- vai demorar a ser fechado por ser
preciso contratar empresa especializada e fazer licitação.
Não há prazo para isso.
Um supermercado e uma escola municipal foram retirados
da praça para permitir o início
das obras. A área onde funcionava o colégio foi emparedada
para evitar invasões. Mesmo
assim, há falhas no bloqueio e a
reportagem encontrou pessoas
dormindo em uma antiga sala
de aula. Os vidros das janelas
estão quebrados.
O custo avaliado da reforma é
de R$ 13 milhões -mais do que
a reforma das praças da Sé e República juntas (R$ 7,2 milhões).
O objetivo é retirar boa parte
do concreto que cobre a praça,
deixar a área mais verde e facilitar a circulação por ela.
Segundo Aderbal Curvelo,
especialista em desenvolvimento urbano do BID (Banco
Interamericano de Desenvolvimento), o banco vai arcar com
85% do valor total. O projeto
deve ser finalizado em janeiro
de 2008 e o edital de licitação,
publicado no mês seguinte.
Na opinião da contadora Elenita dos Santos, moradora da
área, o que mais preocupa são
as infiltrações nas lajes. "Fica
pingando água o tempo todo e
parece que ela vai cair."
Elenita afirma que a Roosevelt tem muitos bares e teatros
"bacanas", mas que tem "vergonha" de convidar os amigos para irem à região.
Na opinião de Marco Antonio Ramos de Almeida, superintendente da Associação Viva
o Centro, independentemente
de quando vai ocorrer a reforma, "a praça não pode ficar
abandonada". "Não pode deixar de ser limpa, iluminada e vigiada. Não pode virar um abrigo ou albergue", disse.
A associação solicita à gestão
Gilberto Kassab (DEM) que
mostre o projeto da reforma e o
debata com a comunidade. Um
dos pontos que ela questiona é
a retirada do "pentágono" -estrutura de concreto que cobre o
lugar. "Vão demolir o pentágono para deixar a área mais livre,
mas devem construir um telecentro. Não faz sentido."
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