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Estudantes da PUC definem hoje se mantêm invasão da reitoria
Grupo diz em blog que instituição recorreu à Justiça; assessoria não confirma
DA REPORTAGEM LOCAL
Os alunos que invadiram a
reitoria da PUC-SP na segunda-feira à noite decidem hoje,
em horário a definir, se irão
manter a ocupação. Eles protestam contra as alterações na
estrutura administrativa que a
instituição quer implementar.
Na internet, no blog do movimento, o grupo afirma que a
reitoria fez um "pedido de reintegração de posse, que foi aceito pelo juiz". "Isto significa que
a reitoria da PUC-SP (gestão
Maura Pardini Bicudo Véras)
escolheu a repressão ao invés
de escolher o diálogo." A assessoria de imprensa da PUC-SP
não confirma a informação.
Cerca de 150 estudantes que
participam do protesto decidiram, em assembléia, reivindicar que não haja a votação da
reestruturação, marcada para
12 de dezembro. Segundo eles,
não houve discussão suficiente.
Estão em análise na universidade três propostas de reestruturação -da reitoria, do Centro
de Educação e da Faculdade de
Economia e Administração. A
reitoria propõe, entre outras
coisas, a criação de institutos,
que eliminaria a existência de
centros e faculdades. A intenção é agrupar áreas semelhantes de conhecimento, além de
integrar a graduação e a pós-graduação -hoje separadas.
Os alunos pedem também a
abertura dos livros de contas da
universidade, a rematrícula
imediata dos inadimplentes e a
não punição dos estudantes e
apoiadores da ocupação.
Na opinião da assistente da
vice-reitoria acadêmica, Sônia
Igliare, a invasão é "um ato de
violência numa instituição em
que as pessoas são respeitadas". Ela pediu que os alunos
deixassem a reitoria, garantindo que a negociação continuará
depois que eles saírem.
Outra assessora, Neusa Bastos, disse que a invasão tem
prejudicado o trabalho na universidade, justamente no período que antecede o vestibular. Apesar da invasão, as aulas
continuam normalmente.
Comunicado do vice-reitor,
João Décio Passos, afirma que a
universidade poderá entrar na
Justiça caso ocorram danos ao
patrimônio. Também está prevista a punição administrativa
dos envolvidos.
(AFRA BALAZINA)
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