Garota foi encontrada por vizinhos em uma caixa de papelão; polícia quer saber motivação do crime

WILLIAN VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Foi em uma caixa de papelão de TV de 29 polegadas que o corpo de Sabrina Bianca Castilho, 12, foi encontrado anteontem, na praça Nirvana, na Vila Maria, zona norte de São Paulo. Desaparecida desde segunda-feira, a menina foi assassinada por Edson Romano Júnior, 27, que confirmou o crime em depoimento à polícia. O corpo foi identificado ontem.
A polícia aguarda os laudos do Instituto Médico Legal para saber se houve abuso sexual. "Aparentemente não teria havido", diz o delegado Marcos Carneiro Lima, que pediu a prisão preventiva de Romano Júnior. "A hipótese é que ele tenha tentado manter relações com ela e ela tenha negado. Isso desencadeou a violência dele."
Romano disse à polícia que saíra de casa para comprar cigarro e, ao voltar, encontrou a menina furtando o DVD. Ele a teria dominado com uma "gravata", que a fizera desmaiar. Romano, lutador de jiu-jitsu, tem 1,80 m de altura. Sabrina, 1,50 m. Não conseguindo reanimá-la, enrolou o corpo em lençóis e o escondeu atrás do sofá.
Só na terça ele contou ao pai, Edson Romano, 50, que o ajudou a levar o corpo (segundo ambos confessaram), de madrugada, até a praça, a cerca de 800 m da casa dos Romano. O corpo foi achado por vizinhos.
"Minha filha era uma criança caseira, que não gostava de faltar à escola, muito meiga", disse o pai, Marino Castilho, 44. Sabrina cursava a 6ª série. "Somos evangélicos. Essa foi a primeira vez que ela saiu sozinha. E acontece uma coisa dessas", disse o pai, que mora a cerca de 200 m dos Romano.
A polícia encontrou o assassino pela etiqueta da caixa de papelão, que permitiu o rastreamento da compra.
Romano está preso. O pai dele depôs e foi liberado.


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