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Estado precisa agir mais, dizem professores
DA FOLHA RIBEIRÃO
A Apeoesp (Sindicato dos
Professores do Ensino Oficial
do Estado de São Paulo) e a
Apamagis (Associação Paulista
de Magistrados) cobram soluções preventivas por parte do
Estado para coibir a violência
nas escolas.
"Há casos que são de polícia,
mas o problema maior é de ordem social. Ele exorbita a questão da educação e passa a ser
um problema do Estado como
um todo", disse o presidente da
Apamagis, Henrique Nelson
Calandra, que acredita que a
Secretaria da Educação não pode se abster do problema com a
justificativa de que suas causas
vão além do ambiente escolar.
Para a presidente estadual da
Apeoesp, Maria Isabel Noronha, a violência nas escolas está
mais evidente e muitos casos
não chegam nem a ser registrados na polícia. "O principal motivo disso é que o Estado passou
a desautorizar o professor, que
perdeu o status de educador.
Como, então, um aluno pode
respeitá-lo?", disse.
Segundo Maria Isabel, o poder público deveria investir na
contratação de outros profissionais para atuar no ambiente
escolar. "Hoje, o professor funciona como psicólogo, pai, mãe
e assistente social", disse.
A Secretaria de Educação informou que casos de agressão
como o de Barretos devem ser
resolvidos pela polícia, mas que
mantém programas para tentar
reduzir o problema. Exemplos
são o Justiça Restaurativa e o
Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência -em parceria com a Secretaria de Segurança Pública.
Somente nas regiões de Barretos e Ribeirão Preto são 104
mil alunos e 5.300 professores,
em 127 escolas. Segundo a secretaria, os casos de agressão
caíram de 217 em 2006, para
180 no ano passado.
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