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Banco vai reescalonar horário de funcionário
Cerca de 4.000 empregados que hoje trabalham em diversos locais de SP serão concentrados em prédio na marginal
Em departamentos onde hoje horário de entrada é
às 9h, funcionários foram orientados a chegar de forma gradual, das 7h às 10h
DA REPORTAGEM LOCAL
O Santander decidiu implantar um escalonamento de horário de entrada e saída dos funcionários para atenuar as dificuldades de acesso à nova torre
do banco, na marginal Pinheiros, para onde migrarão 4.000
pessoas que trabalham em prédios espalhados por São Paulo.
Em alguns departamentos
onde hoje quase todo mundo
"bate cartão" por volta das 9h,
empregados foram orientados
a se dividir em grupos e chegar
de forma gradual, das 7h às 10h.
A medida não atingirá todos
os setores. Mas, segundo a assessoria do Santander, será desenvolvida com outras ações
-como sistema de carona e bicicletário- para facilitar os
acessos ao novo prédio e colaborar com a diminuição das
emissões de poluentes.
O estímulo ao escalonamento de horários no setor de comércio e serviço passou a ser
discutido em São Paulo principalmente a partir da gestão
Luiza Erundina (1989-1992).
Muita gente já adotou a prática de mudar seus horários de
forma espontânea, para fugir
dos picos. Mas a ideia, que é
prevista nas diretrizes da política de mudanças climáticas da
prefeitura, nunca foi implantada de maneira generalizada.
Tanto que, embora tenha havido uma diluição dos engarrafamentos de uma década para
cá, a lentidão no começo da manhã e do final da tarde ainda é
mais do dobro do resto do dia.
"O congestionamento ocorre
pela quantidade excessiva de
veículos usando a mesma infraestrutura ao mesmo tempo.
O escalonamento é bom", diz
Eduardo Alcântara Vasconcellos, engenheiro e sociólogo.
Para ele, a proposta de redistribuir os horários esbarra não
só na resistência dos funcionários que precisam reorganizar
seus hábitos, mas porque "dá
trabalho" organizá-la. "Para a
empresa, muitas vezes é mais
fácil deixar como está e a pessoa que se vire para chegar."
O presidente da ANTP (Associação Nacional de Transportes
Públicos), Ailton Brasiliense,
também avalia que a proposta
de escalonamento de horários
"vale a pena", mas que tem de
ser feita como parte de um plano mais amplo -incluindo uma
mudança da ocupação urbana,
para evitar que as pessoas morem longe do lugar de trabalho
e tenham que viajar por grandes distâncias diariamente.
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