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MARIO ROBERTO MEDEIROS (1935-2010)
A carreira interrompida de Bob
ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO
Em meados dos anos 50,
Mario Roberto Medeiros, o
Bob, foi escalado para disputar uma final. O campeonato
era de aspirantes, e ele, centroavante do Corinthians.
Especialmente para o jogador, a partida foi uma tragédia. Nela, ele fraturou a tíbia e o perônio. Ficou cerca
de seis meses imobilizado, e
nunca mais pôde jogar bola.
O irmão Walter conta que a
frustração do rapaz teve um
agravante. Às vésperas da
Copa de 58, o então técnico
do Corinthians, Oswaldo
Brandão, teria confidenciado
ao pai dos dois que indicaria
o nome de Bob para Vicente
Feola, técnico da Seleção.
"Se ele seria chamado ou
não, é outra história", diz
Walter. Com o incidente, tudo foi por água abaixo.
Bob jogava desde criança,
e por um bom tempo defendeu a camisa do Tremembé,
antes de ir para o juvenil do
Corinthians. Após se machucar, achou outros modos de
jogar, sua diversão favorita.
Assim como o pai, era fanático por turfe, e até o fim da
vida frequentou o Jockey
Club. Chegou a ter cavalos.
Como conta a mulher Suzana, o marido também adorava apostar na loteria. Certa
vez, ganhou um prêmio alto
e tinha esperanças de tirar a
sorte grande novamente.
Químico industrial, exerceu pouco tempo a profissão.
Foi trabalhar no mercado de
capitais e teve uma corretora
em sociedade com o pai.
Tinha o sonho de se mudar
para Santos, onde poderia tomar sua cervejinha na praia.
Morreu no domingo, aos
74, de infarto. Teve dois filhos e três netos. A missa de
sétimo dia será hoje, às
18h30, na paróquia Assunção de Nossa Senhora, SP.
coluna.obituario@uol.com.br
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