São Paulo, segunda-feira, 08 de novembro de 2010

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MARIO ROBERTO MEDEIROS (1935-2010)

A carreira interrompida de Bob

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Em meados dos anos 50, Mario Roberto Medeiros, o Bob, foi escalado para disputar uma final. O campeonato era de aspirantes, e ele, centroavante do Corinthians.
Especialmente para o jogador, a partida foi uma tragédia. Nela, ele fraturou a tíbia e o perônio. Ficou cerca de seis meses imobilizado, e nunca mais pôde jogar bola.
O irmão Walter conta que a frustração do rapaz teve um agravante. Às vésperas da Copa de 58, o então técnico do Corinthians, Oswaldo Brandão, teria confidenciado ao pai dos dois que indicaria o nome de Bob para Vicente Feola, técnico da Seleção.
"Se ele seria chamado ou não, é outra história", diz Walter. Com o incidente, tudo foi por água abaixo.
Bob jogava desde criança, e por um bom tempo defendeu a camisa do Tremembé, antes de ir para o juvenil do Corinthians. Após se machucar, achou outros modos de jogar, sua diversão favorita.
Assim como o pai, era fanático por turfe, e até o fim da vida frequentou o Jockey Club. Chegou a ter cavalos.
Como conta a mulher Suzana, o marido também adorava apostar na loteria. Certa vez, ganhou um prêmio alto e tinha esperanças de tirar a sorte grande novamente.
Químico industrial, exerceu pouco tempo a profissão. Foi trabalhar no mercado de capitais e teve uma corretora em sociedade com o pai.
Tinha o sonho de se mudar para Santos, onde poderia tomar sua cervejinha na praia.
Morreu no domingo, aos 74, de infarto. Teve dois filhos e três netos. A missa de sétimo dia será hoje, às 18h30, na paróquia Assunção de Nossa Senhora, SP.

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