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VIOLÊNCIA
Presos, suspeitos foram autuados em flagrante por lesões corporais, na 9ª DP do Rio; eles negam a acusação
Guardas são acusados de agredir mendigos
RONI LIMA
da Sucursal do Rio
Seis guardas municipais do Rio
foram presos em flagrante na madrugada de ontem sob a acusação
de terem espancado um casal de
mendigos no aterro do Flamengo
(zona sul do Rio).
Os guardas foram autuados por
lesões corporais na 9ª DP (Delegacia de Polícia), no Catete. O guarda
Eduardo Alves Chagas foi também
autuado por porte ilegal de arma.
Os mendigos Ânderson Ângelo
de Jesus, 19, e Gilmara Ferreira, 37,
e dois menores de 17 anos disseram ter sido agarrados pelos guardas no estacionamento do restaurante Rio's.
Os quatro teriam sido então levados para o alojamento da Guarda Municipal no aterro. Ali, Ângelo de Jesus e Gilmara teriam sido
espancados. Os menores não teriam sido agredidos.
Segundo o casal, os guardas queriam informações sobre o paradeiro de um mendigo conhecido como Deda, acusado de ter violentado e assassinado, há 15 dias, um
menino de 7 anos em uma área do
aterro.
Os dois mendigos disseram que
foram levados para um quarto,
onde teriam levado socos e pontapés. O guarda Eduardo Alves Chagas, que estaria portando um revólver (o que não é permitido), teria dado coronhadas no rosto de
Gilmara.
Com hematomas no rosto, a
mendiga afirmou que durante o
interrogatório ainda teve um cordão e R$ 20 roubados.
Segundo ela, o dinheiro fora dado por uma pessoa que saíra do
restaurante.
Após o suposto espancamento,
os mendigos teriam sido colocados em uma Kombi da Guarda
Municipal e levados de volta para
um local perto do restaurante. Ali,
Ângelo de Jesus e Gilmara teriam
sofrido nova agressão.
Testemunhas
Algumas pessoas teriam presenciado a suposta agressão, chamando a polícia. Policiais do 13º BPM
(Batalhão de Polícia Militar) foram até o local e prenderam os
guardas municipais Chagas, Luiz
Carlos dos Santos Costa, Luiz
Eduardo Lopes da Silva, Paulo Roberto Carvalho Barros, Marcelo
Antônio Ferreira e Jorge Luiz Guedes de Oliveira.
A direção da Guarda Municipal
abriu processo administrativo para investigar as acusações. Segundo a direção, os guardas negaram
as agressões. Para a Guarda Municipal, Chagas teria um revólver 38
registrado em seu nome.
Mas a arma estaria dentro de seu
carro. A direção informou que o
guarda declarou que não estava
portando o revólver na hora em
que interrogava os mendigos.
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